quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Agricultor vende novilhas por anel de formatura do filho durante seca no RN

José Orlando entrega anel ao filho Cleidson durante formatura em Pau dos Ferros, RN (Foto: Jordana Marina)José Orlando entrega presente ao filho Cleidson
(Foto: Jordana Marina)
"O que puder eu faço para que não deixem de estudar", diz um orgulhoso José Orlando Balbino, de 47 anos, que há 15 dias assistiu a formatura do filho no ensino superior. Mesmo com a seca dificultando há dois anos a vida na zona rural de Caicó, na região Seridó do Rio Grande do norte, o agricultor fez um esforço extra. Vendeu duas novilhas que ganhou do patrão, juntou com um dinheiro guardado e comprou o anel de formado do filho. O presente custou R$ 900 e a renda mensal da família é de R$ 600. "Foi gratificante", resume Balbino.
Analfabeto, o agricultor nunca esteve em uma sala de aula, futuro que não quis repetido com a família. "Comecei a trabalhar com oito anos de idade. No meu próximo aniversário completo 40 anos de trabalho", brinca o agricultor, que mora e trabalha no sítio Umari, a 25 quilômetros do centro de Caicó.
Formado em Educação Física na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN), o filho do agricultor, Cleidson Dantas Balbino, de 24 anos, lembra que o pai nunca o deixou fazer trabalho braçal. José Orlando confirma a história. "Não era por mal, mas tinha medo de atrapalhar os estudos. É tudo que eu posso deixar para os meus filhos. Com o feijão na mesa a gente vai levando ", afirma Balbino, que deve ter uma nova formatura para participar em breve. A filha mais nova cursa Letras/Inglês, também na UERN.
Mesmo com a dificuldade para conseguir livros para estudar, ele e a irmã passaram no vestibular. Com os dois morando em Pau dos Ferros, José Orlando e a mulher, Maria das Graças Dantas, se viraram como puderam para enviar dinheiro para os filhos. "A gente pegava os R$ 150 que tiramos por semana, fazíamos a feira com R$ 90, juntávamos o que sobrava e dava para enviar R$ 240 por mês para eles. Ter um pouco de comida na mesa já é bom", conta Maria das Graças.Para estudar, os dois filhos de José Orlando foram morar em Pau dos Ferros, cidade de região Oeste onde fica o campus universitário. "Era um sonho do meu pai. Lembro que um dia vi ele falando de como queria que estudássemos para termos um futuro melhor e aquilo me marcou", explica Cleidson, que diz nunca ter pedido o anel de formatura ao pai. "Ele insistiu, se organizou como deu e comprou", conta.
Enquanto moravam e estudavam em Pau dos Ferros, os dois irmãos, segundo Cleidson, fizeram uma espécie de pacto. "Vamos estudar e proporcionar uma vida melhor para nossa família", revela o recém formado educador físico.
Felipe GibsonDo G1 RN
José Orlando com a família no sítio Umari, onde reside em Caicó, RN (Foto: Jair Sampaio)José Orlando com a família no sítio Umari, onde reside em Caicó, RN (Foto: Jair Sampaio)

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Projeto da UFRN ajuda produtores do interior a superar dificuldades da seca

Produção de polpa de frutas da cooperativa do Povoado da Cruz foi afetada pela seca (Foto: Wallacy Medeiros)
Produção de polpa de frutas do Povoado da Cruz foi afetada pela seca (Foto: Wallacy Medeiros)
Um projeto da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) tem ajudado produtores do interior a superar as dificuldades impostas pela seca. Formada por alunos e professores, a Incubadora de Projetos em Economia Solidária (Ipês) pretende tornar as associações rurais do Seridó norte-rio-grandense mais competitivas no mercado, melhorando seus processos de gestão. A atividade de extensão conta com a participação de voluntários do Curso de Administração do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), que fica em Currais Novos, cidade da região Seridó.
Idealizadora e coordenadora do programa, a professora Márcia Cristina Alves percebeu que o trabalho seria importante para o desenvolvimento econômico e social do Seridó porque, segundo ela, as associações rurais da região estavam muito fragilizadas e precisavam de apoio, como é o caso do Povoado da Cruz, comunidade pertencente a Currais Novos, cuja principal atividade econômica é a produção de polpa de frutas.A seca afetou a lavoura e a maior fonte de renda da população do Povoado da Cruz. Com o açude secando, os 27 agricultores do povoado viram a produção despencar. A cooperativa local que faz as polpas recebia uma tonelada de frutas por dia e agora recebe 600 quilos por semana. “A situação é crítica. Desde que iniciamos a produção de polpas, em 2004, nunca passamos por algo parecido”, observa a presidente e fundadora da associação, Íris Lucimar da Silva Araújo.
De acordo com a professora Márcia Alves, o programa tem buscado reunir dados sobre as associações rurais existentes. “Ainda não existe um mapeamento do que é produzido pelas comunidades e isso dificulta o planejamento de ações”, afirma Márcia Alves. Os dados, segundo ela, vão permitir que a equipe da UFRN conheça as necessidades das associações e possa atuar junto ao governo na busca por políticas públicas direcionadas aos grupos da região.
“Nosso projeto não é de fomento, nós não temos dinheiro para solucionar os problemas desses produtores. O intuito é repassar nosso conhecimento através de intervenções, como facilitadores”, explica a estudante Laíse Lima, que auxilia a coordenação do projeto. Nas reuniões com a equipe, os produtores percebem a conjuntura do grupo e tentam solucionar os problemas dentro de suas possibilidades. “Não adianta apresentar fórmulas mágicas. A participação da comunidade nos processos de mudança é imprescindível”, avalia Laíse.
Incubadora de Projetos em Economia Solidária conta com participação de voluntários em Currais Novos (Foto: Wallacy Medeiros)Incubadora conta com participação de voluntários
(Foto: Wallacy Medeiros)
Crianças e adolescentes             

Uma necessidade identificada pela equipe do programa foi a de atuar junto aos filhos dos produtores. De início, trabalhou-se a questão ambiental por meio de oficinas de reciclagem de garrafas pet nas escolas. “O material foi transformado em brinquedos para as crianças, fazendo com que trabalhássemos a preservação do meio ambiente de forma lúdica”, comenta a estudante Carla Dantas.
Atualmente, os voluntários estão aplicando questionários para identificar as necessidades dos jovens. “A ideia é continuar com essas oficinas e criar um grêmio nas escolas para que os próprios alunos possam organizar atividades”, diz a universitária Fabrícia da Costa Silva.
Nascida na zona rural do Seridó, Fabrícia se identifica com as ações do projeto. “Vi nesse programa de extensão uma oportunidade de ajudar o desenvolvimento da minha região”, ressalta.

Produtores do Povoado da Cruz tentam superar dificuldades impostas pela seca (Foto: Wallacy Medeiros)
Produtores do Povoado da Cruz tentam superar dificuldades impostas pela seca (Foto: Wallacy Medeiros)
Administração Social
O contato com as associações tem influenciado a escolha dos universitários. Participante do programa, o estudante Giovani Cavalcanti decidiu que vai focar seus estudos na administração social. “Quero que meu trabalho traga o bem para todos”, enfatiza o caicoense. A opinião é compartilhada pelo colega Diego Guerra. “O mais interessante para o administrador é promover o desenvolvimento local”, acredita.Por meio da atividade de extensão, Natália Dantas desenvolveu afinidade com a economia solidária. “A gente aprende muita coisa com as comunidades e enxerga uma realidade que não conhecia”, analisa. “Trabalhar com associações é muito atrativo”, destaca a universitária Camila Brandão, que pretende trabalhar no terceiro setor.
Do G1 RN

Gastos com estádios da Copa passam dos R$ 8 bilhões

Maracaná receberá a final da Copa do Mundo de 2014Érica Ramalho/Governo do Rio de Janeiro























O orçamento dos 12 estádios da Copa do Mundo de 2014 aumentou nos últimos meses e quase igualou o das obras de mobilidade urbana previstas para o evento, segundo um balanço divulgado nesta segunda-feira pelo Governo Federal.
A conta dos 12 estádios do Mundial chega a R$ 8,005 bilhões, enquanto em obras de transporte público está previsto um gasto de R$ 8,024 bilhões.
A despesa em estádios aumentou cerca de R$ 900 milhões com relação ao último balanço do Ministério do Esporte, que data de dezembro de 2012, enquanto o orçamento de obras de mobilidade se reduziu em uma magnitude similar, devido ao cancelamento de vários projetos.
O estádio mais caro, com um orçamento final de R$ 1,403 bilhão é o de Brasília, cuja fatura foi paga integralmente pelo governo da capital federal.
O Governo Federal também concedeu créditos brandos, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), por um total de R$ 3,882 bilhões, que serviram para financiar as obras dos outros 11 estádios. Ainda estão em obras seis estádios, que serão entregues previsivelmente no final do dezembro, enquanto também estão em execução 45 projetos de mobilidade urbana, que incluem bondes, corredores de ônibus, terminais de transporte e centros de controle de tráfego nas 12 sedes.
O total dos investimentos em infraestruturas para o Mundial chega a R$ 22,9 bilhões, o que também inclui R$ 6,28 bilhões em aeroportos e R$ 587 milhões em portos, segundo o balanço. Além disso, serão empregados cerca de R$ 1,9 bilhão em segurança e R$ 400 milhões em telecomunicações, entre outros investimentos.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Campanha contra o câncer infantil deixa personagens infantis carecas

Foto: Divulgação/GRAACC

Para chamar atenção para o Dia Nacional de Combate ao Câncer Infantil, que aconteceu neste sábado (23), o GRAACC resolveu deixar vários personagens infantis famosos carecas. A ação faz parte da campanha “Criança com câncer tem que aproveitar a infância como qualquer criança” e convidou uma turma de personagens adorados pela criançada, como a Turma da Mônica. Veja quem mais ficou "carequinha" para apoiar a iniciativa!










Do R7


quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Refúgio Biológico de Itaipu recebe filhotes de onça e de jaguatirica

Em extinção: a fêmea de onça pintada, ainda sem nome, tem quatro meses e cerca de oito quilos (Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)
Em extinção: a fêmea de onça pintada, ainda sem nome, tem quatro meses e cerca de oito quilos (Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)
Um filhote de onça pintada e um de jaguatirica passaram por exames detalhados na manhã desta quinta-feira (5) no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Os felinos vindos do Centro de Triagem de Animais Silvestres de Macapá (AP) chegaram à cidade na sexta-feira (30) e estão recebendo os cuidados necessários para a adaptação nos cativeiros mantidos pela Hidrelétrica de Itaipu.
De acordo com o biólogo Marcos de Oliveira, da Divisão de Áreas Protegidas da usina, a onça, uma fêmea de aproximadamente quatro meses e oito quilos, foi levada para o Amapá após ser capturada no Pará. Os policiais ambientais que a encontraram na mata acredita que mãe foi abatida por caçadores. A decisão de transferi-la para Foz do Iguaçu partiu do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap).
A ideia é que a onça seja integrada dentro de dois anos ao programa de reprodução da unidade, referência no país. Até então única fêmea do refúgio, a onça Juma tem mais 20 anos de idade e não está mais em fase reprodutiva. “O primeiro passo será a verificação do estado de saúde, com exames detalhados, e a adaptação ao cativeiro e à alimentação”, disse Oliveira ao reforçar que a espécie está em extinção na Mata Atlântica. O refúgio conta ainda com os machos Tonhão e Valente.
No dia 30, o RBV recebeu ainda outros cinco animais: um filhote de jaguatirica, de seis meses, que também veio do Pará, onde foi atropelada; dois tamanduás – um apreendido na região e outro emSanta Catarina; uma lontra e um furão, também trazidos de Santa Catarina. Todos são machos e estão passando pelo período de quarentena. Inicialmente eles ficarão no hospital veterinário e depois poderão ser transferidos para o zoológico da unidade e fazer parte ainda do Criadouro de Animais Silvestres da Itaipu.
Do G1 PR, em Foz do Iguaçu
Os filhotes de onça pintada (esq.) e de jaguatirica (dir.) brincam durante o período de adaptação ao cativeiro (Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)
Os filhotes de onça pintada (esq.) e de jaguatirica (dir.) brincam durante o período de adaptação ao cativeiro (Foto: Alexandre Marchetti / Itaipu Binacional)

Onças do Parque Nacional do Iguaçu podem ser extintas em até 80 anos

A onça Naipi, fêmea de dois anos, vive na área turística do Parque Nacional do Iguaçu (Foto: Projeto Carnívoros do Iguaçu / Divulgação)
A onça Naipi, fêmea de dois anos, vive na área turística do Parque Nacional do Iguaçu (Foto: Projeto Carnívoros do Iguaçu / Divulgação)
A quantidade de onças-pintadas no Parque Nacional do Iguaçu (PNI) pode desaparecer em até 80 anos, calculam os especialistas que atuam no projeto Carnívoros do Iguaçu. Os estudos apontam que em 15 anos o número de animais da espécie Phantera onca foi reduzido de 164, estimados em 1995, para 18, conforme cálculos feitos em 2010. Falta de investimentos em estrutura e fiscalização, caça predatória e a possibilidade de reabertura da Estrada do Colono são algumas das ameaças à manutenção da espécie da reserva.
Segundo a coordenadora do projeto, Marina Xavier da Silva, o PNI, no oeste do Paraná, é o último habitat natural da onça-pintada no Sul do país. “Por isso a importância das ações que estão sendo desenvolvidas para que a espécie não seja extinta na região. O local mais próximo daqui com registro de onças é o litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, além do Pantanal”, comentou a bióloga ao alertar que a perda de um grande predador pode levar ao desaparecimento também do ambiente daquela área.
Atualmente apenas um animal vem sendo monitorado na unidade de conservação, que também é considerada um dos últimos redutos de Mata Atlântica no Paraná. Uma fêmea de pouco mais de dois anos, batizada de "Naipi", vive na área turística da reserva e é constantemente vista nas proximidades do hotel e do Macuco Safári. Na mesma região, um macho morreu em março de 2009 depois de ter sido supostamente atropelado no interior do parque, na rodovia de acesso às Cataratas do Iguaçu. O processo que investigava o crime foi arquivado.
Um dos sinais mais evidentes de que o número de onças-pintadas vem diminuindo drasticamente é o desaparecimento de animais que servem de alimentação para os felinos. As cerca de 70 armadilhas fotográficas espalhadas pelo parque há muito não registram espécies como a queixada e os veados. “Estes e outros animais, como o tatu e o porco do mato também são os animais preferidos pelos caçadores. Sem comida, as onças tendem a deixar a reserva e atacar animais domésticos e de criação.”
O macho Sancho foi visto pela última vez em maio de 2012, em Santa Tereza do Oeste (Foto: Projeto Carnívoros do Iguaçu / Divulgação)O macho Sancho foi visto pela última vez em maio de 2012
(Foto: Projeto Carnívoros do Iguaçu / Divulgação)
Este pode ter sido o motivo do desaparecimento do macho de quatro anos, batizado de "Sancho", que chegou a ser monitorado pelos especialistas por cerca de seis meses até o sinal da coleira que havia sido colocada do animal desaparecer. “Não temos mais nenhum registro desde outubro de 2012. São duas hipóteses para a explicação: ou a bateria do aparelho acabou ou ele já não está mais vivo”, aponta a bióloga Marina, que cuida do projeto com o auxílio de um ajudante.
O monitoramento indicava que Sancho vivia em uma área de 900 km² na região norte da reserva. “É uma área muito grande. E este é outro sinal de que existem poucas onças no parque. Sem a concorrência de outro animal, ele vinha andando livremente, sem precisar ter que disputar terreno”, observa. O animal foi visto pela última vez em maio de 2012, depois de atacar outros animais em propriedades rurais de Santa Tereza do Oeste. Ele foi capturado pelos técnicos, analisado e solto na reserva.
Futuro
A ação de caçadores e o abate por retaliação – quando o animal é morto por se aproximar e atacar pessoas e criações – estão entre as maiores preocupações dos especialistas. No início de 2012, uma onça-pintada foi morta por caçadores no lado argentino do parque. Um dos objetivos do projeto, reforça, é conscientizar e estimular as pessoas a comunicar os órgãos

O projeto Carnívoros do Iguaçu foi retomado em 2009 e é mantido por recursos repassados pela Oriente Express, empresa que administra o Hotel das Cataratas. O investimento de R$ 1,4 milhão é uma das contrapartidas exigidas da vencedora da licitação para a exploração do serviço de hospedagem no PNI. “Este dinheiro que era para ser aplicado até meados de 2014 já está acabando e ainda não há previsão de novos recursos, o que também ameaça a continuidade dos trabalhos.”
A reabertura da Estrada do Colono, via de 17 km que cortava a unidade de conservação entre Serranópolis do Iguaçu, no oeste, e Capanema, no sudoeste do Paraná, é outra preocupação dos ambientalistas. Um projeto do deputado federal Assis do Couro (PT-PR) propõe a criação de uma estrada-parque no mesmo trajeto fechado por ordem judicial desde 2003. Durante o Fórum Mundial do Meio Ambiente, em Foz do Iguaçu, a ministra Izabella Teixeira declarou ser contrária ao projeto de lei 7123/2010.
Fabiula WurmeisterDo G1 PR, em Foz do Iguaçu

Cientistas identificam 'mais antigo pedaço de Marte' na Terra

A rocha data de 4,4 bilhões de anos, da 'infância' de Marte (Foto: AFP)A rocha data de 4,4 bilhões de anos, da 'infância'
de Marte (Foto: AFP)
Uma rocha descoberta no deserto do Saara parece ser o meteorito de Marte mais antigo já descoberto, segundo cientistas.
Pesquisas anteriores já sugeriam que a rocha tinha cerca de 2 bilhões de anos, mas novos exames realizados recentemente indicam que a rocha tem, na verdade, mais de 4 bilhões de anos.
O meteorito negro e brilhante, apelidado de "Beleza Negra", teria se formado ainda na infância do planeta.

"Esta (rocha) nos conta sobre uma das épocas mais importantes da história de Marte", afirmou o autor da pesquisa, Munir Humayan, professor da Universidade Estadual da Flórida (EUA).

A pesquisa foi publicada na revista especializada "Nature".
Rochas marcianas
Existem cerca de cem meteoritos marcianos na Terra. A quase maioria dessas rochas é bem mais jovem, datadas entre 150 milhões e 600 milhões de anos.
Elas teriam caído na Terra depois de um asteroide ou cometa ter se chocado contra Marte e desprendido as rochas, que viajaram pelo espaço até acabarem no nosso planeta.
A "Beleza Negra" é formada por cinco fragmentos. Um deles, o NWA 7034, foi examinado no passado e sua idade foi calculada em 2 bilhões de anos.
Mas a pesquisa mais recente descobriu que outro pedaço, o NWA 7533, tem 4,4 bilhões de anos - o que sugere que o NWA 7034 também deva ter mais do que "apenas" 2 bilhões de anos.
A equipe afirmou que a rocha pode ter se formado quando Marte tinha apenas 100 milhões de anos de idade.
"É quase certo (que a rocha) veio das terras altas do sul, um terreno cheio de crateras que forma o hemisfério sul de Marte", disse Humayan.
O período em que as rochas se formaram pode ter sido uma era de turbulência em Marte, com erupções de vulcões em quase toda a superfície do planeta.
"A crosta de Marte deve ter mudado muito rapidamente com o passar do tempo. Houve um grande episódio vulcânico em toda a superfície, que então formou uma crosta e, depois disso, a atividade vulcânica teve uma queda dramática", prosseguiu Humayan.
"Quando isso aconteceu, devia haver água na forma gasosa, dióxido de carbono, nitrogênio e outros gases para produzir uma atmosfera primordial, além de um oceano primordial. É um período de tempo muito empolgante - se houve vida em Marte, a origem seria neste período em particular", acrescentou o cientista.
Humayan afirmou que sua equipe agora planeja analisar a rocha para procurar sinais de algum tipo de vida marciana. Mas, segundo o professor, enquanto a rocha permaneceu no deserto do Saara, pode ter sido contaminada por organismos vivos da Terra.
Mistura
O professor Carl Agee, da Universidade do Novo México, foi o cientista que, na análise anterior, que concluiu que a rocha NWA 7034 tinha 2 bilhões de anos de idade.
Ele descreveu a pesquisa mais recente como animadora.
Agee afirmou que a diferença entre as idades das rochas pode ter ocorrido pois o meteorito tem uma mistura de componentes, e a equipe dele agora também está encontrando partes da rocha que têm cerca de 4,4 bilhões de anos.
"Definitivamente há um componente antigo na rocha, mas acreditamos que pode haver uma mistura de eras", afirmou.
O cientista explicou que o impacto de um cometa ou asteroide, uma erupção vulcânica ou algum outro evento que ocorreu há cerca de 1,5 bilhão de anos pode ter acrescentado materiais mais novos à crosta original.
"(A rocha) consiste de pelo menos seis tipos diferentes de rocha. Vemos diferentes rochas ígneas, tipos diferentes de rocha sedimentar, é um meteorito muito complexo. Este meteorito continua revelando seus segredos, estamos muito animados com isso."
BBC via G1

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Pai e filho desaparecidos há 40 anos são encontrados vivendo em floresta


Autoridades vietnamitas encontraram nesta quarta-feira um homem e seu filho que estavam desaparecidos há 40 anos. Ho van thanh, 82 anos, sumiu durante a guerra do vietnã com seu filho bebê, ho van lang, hoje com 41 anos, e os dois viveram desde então em uma floresta na província de quang ngai. 
Segundo o site vietnamita tuoitrenews, eles sobreviveram comendo frutas, mandioca e milho, que eles plantavam. Os dois usavam apenas tangas feitas a partir de cascas e tinham construído uma casa em uma árvore. 
De acordo com o site, moradores locais que visitaram a floresta alertaram as autoridades sobre a aparição de dois "selvagens" de gestos estranhos. A polícia então montou um time de busca e, após cinco horas, encontrou pai e filho dentro de uma pequena cabana em cima de galhos de uma grande árvore.  
Devido ao isolamento, eles falavam apenas poucas palavras da etnia kor, minoritária no vietnã. Eles foram levados para um hospital local, onde receberam tratamento médico. 
Após uma investigação, descobriu-se que thanh vivia uma vida normal na comunidade tra kem hamlet quando, há 40 anos, uma explosão matou sua mulher e dois outros filhos. Ele então teria fugido com a criança sobrevivente, se refugiado na mata e evitado contato com outras pessoas. 
Médico examina ho van thanh, 82 anos, em hospital médico examina ho van thanh, 82 anos, em hospital médico examina ho van thanh, 82 anos, em hospital
Ho van lang, 41 anos, após ganhar roupas e receber atendimento

O idoso é carregado pela equipe de resgate
Roupas fabricadas e usadas por pai e filho na floresta
Fonte: Blog O Amor de Deus está no Ar

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Mulher passa 738 dias vivendo no alto de uma árvore para protegê-la de ser derrubada!

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Até onde vai o seu amor à natureza?  Talvez você não seja tão apaixonado e persistente como Julia Lorraine Hill (Julia Butterfly), uma ativista e ambientalista norte-americana que ficou conhecida depois que decidiu passar 2 anos vivendo em uma árvore condenada a ser derrubada. A sequoia vermelha, carinhosamente chamada de Luna com idade estimada de cerca de 1500 anos está localizada na Califórnia, Estados Unidos, e estava destinada a ser derrubada por uma madeireira. Júlia, que na época tinha 23 anos, subiu na sequoia em 10 de dezembro de 1997 e só desceu em 18 de dezembro de 1999, passando 738 dias morando em uma plataforma suspensa instalada na árvore.
Não foi nada fácil: ela enfrentou todas as ameaças do inverno que na época foi agravada pela passagem do El Niño. Se alimentava com a ajuda de uma pequena equipe e tinha pouco mais do que um fogareiro, uma bolsa hermética para fazer suas necessidades e uma esponja para se lavar utilizando basicamente água da chuva. Para carregar o telefone utilizava pequenos painéis solares e através dele dava entrevistas e se mantinha atualizada das negociações. Isso tudo a 50 metros do chão, numa plataforma de cerca de 3 metros quadrados com apenas uma lona que a protegia da chuva.
Júlia só colocou o pé no chão depois que firmou um acordo de proteção perpétua da sequoia gigante e também de uma área de 12 mil m² de floresta. Essa garota, não só salvou a árvore e a floresta como também revolucionou o movimento ambiental em todo o mundo. Nestes últimos dez anos Júlia se manteve firme com seus ideais, escreveu um livro chamado The Legacy of Luna (O Legado de Luna, disponível em onze línguas), participou da produção do filme “Luna”, e fundou a Engage Network, uma organização cuja missão é formar lideranças dispostas a trabalhar por um mundo melhor.
Como não poderia deixar de existir pessoas com sentimentos ruins, em novembro de 2000 um vândalo usou uma serra elétrica para tentar cortar esta árvore. Ferida, Luna precisou de cuidados de especialistas para resistir ao vandalismo mas só em 2002 o naturalista Paul Donahue confirmou que Luna felizmente, havia sobrevivido.
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Nessa última imagem mostra o dia que Julia desceu da árvore!
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Depois que Luna foi atacada por um vândalo ela precisou de muitos cuidados para suportar o vento.
Fonte: Hypeness Julia Butterfly via Diário de Biologia

Fernando de Noronha pode ser primeiro território carbono-neutro no Brasil


O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) lançou, na última semana, o projeto Noronha Carbono Zero, que tem como objetivo transformar o arquipélago Fernando de Noronha no primeiro território carbono-neutro do Brasil.

Conforme informações do jornal Estadão, Noronha produz hoje uma média de 9 mil toneladas de CO2 por habitante/ano, bem acima da média nacional, de 2,2 toneladas de CO2 por habitante/ano. Campos acredita que a experiência de redução da emissão de carbono a zero na ilha - o que inclui compensação com plantio de Mata Atlântica para as atividades onde a emissão não puder ser reduzida - pode ser alcançada em um prazo de cinco anos.

Um diagnóstico do arquipélago indicou que 55% das emissões são geradas pelo transporte aéreo, 32% pela energia térmica e 7% pelo transporte interno - ônibus, automóveis e motos que circulam na ilha. Campos observou que o uso do biocombustível em vez do combustível fóssil para as aeronaves vai depender das empresas áreas, que poderão receber algum benefício para fazer a mudança. 

Em relação à fonte de energia, Noronha tem uma usina termelétrica. A ideia é substituí-la por uma fonte solar e eólica. Duas usinas solares estão sendo implementadas, com investimentos de R$ 18 milhões e deverão atender a 15% da atual demanda energética.

O projeto de redução de carbono ainda será apresentado e discutido com a comunidade da ilha.

Fonte: AMDA via Biologia na Rede

Emissões globais baterão recorde em 2013, aponta estudo

Da Reuters
Paraná fará levantamento das emissões de gases de efeito estufa (Foto: Denis Ferreira Netto / Aen)
Cientistas apontaram aumento nas emissões de carbono em 2013 (Foto: Denis Ferreira Netto / Aen)







As emissões globais de dióxido de carbono pela queima de combustíveis fósseis chegarão neste ano ao volume recorde de 36 bilhões de toneladas, segundo um relatório preparado por 49 especialistas de dez países.
O documento tenta mostrar os governos fracassaram em conter os gases do efeito estufa responsáveis pelo aquecimento global.
O relatório do Projeto Carbono Global, que reúne a cada ano dados de institutos de pesquisa do mundo todo, foi publicado nesta terça-feira (19) na revista "Earth Systems Data Discussions".
A estimativa de 2013 representa um aumento de 2,1% em relação a 2012, e de 61% em relação a 1990, ano-base para o Protocolo de Kyoto, único acordo global que estipula limites para as emissões nacionais de dióxido de carbono (CO2), o principal dos gases do efeito estufa.
O relatório foi publicado enquanto autoridades de quase 200 países estão reunidas em Varsóvia, na Polônia, para uma nova rodada de negociações para a definição de um novo acordo climático que entre em vigor em 2020.
"Os governos... precisam definir como reverter essa tendência. As emissões devem cair substancial e rapidamente se quisermos limitar a mudança climática global a menos de 2º C", disse em nota a coordenadora do relatório, Corinne Le Quere, do Centro Tyndall para a Pesquisa da Mudança Climática, da Universidade de East Anglia, na Grã-Bretanha.
Ela se referia ao aumento da temperatura média do planeta em relação aos níveis anteriores à Revolução Industrial. Cientistas ligados à ONU alertam que uma elevação além de 2º C desencadeará fenômenos extremos como inundações, secas e tempestades.
Leve desaceleração
O relatório mostra que o índice de crescimento das emissões de CO2 se desacelerou ligeiramente em relação aos 2,2% de aumento do ano anterior, mas está apenas um pouco abaixo da média registrada nos últimos dez anos, que foi de 2,7%.

As emissões estão subindo por causa do forte aumento do consumo de carvão, superior a reduções obtidas pelo desenvolvimento de energias renováveis nos últimos anos, de acordo com Glen Peters, coautor do relatório e pesquisador do instituto climático Cicero, da Noruega.
"Embora a sociedade esteja vendo muitos fatos positivos na energia renovável, essa capacidade produtiva ampliada não estão simplesmente deslocando o consumo de carvão", disse Peters em outra nota.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Mortos pelo plástico: veja o que acontece com o lixo que jogamos no mar

Chris-Jordan

Esta série fotográfica é de cortar o coração. Trabalhado por Chris Jordan, o Midway é uma exposição assustadora do resultado da inconsciência do ser humano quanto à má educação em jogar o lixo por aí e também o consumo desenfreado.
No atol de Midway, no vasto Oceano Pacífico, um conjunto de ilhas com mais de dois mil quilômetros do continente mais próximo. A ilha é um ponto no oceano para onde convergem correntes marítimas que, na passagem por grandes centros urbanos, arrastam todo tipo de lixo descartado indevidamente. Ali milhares de milhares de albatrozes morrem por causa da ingestão acidental de lixo. Esses animais não conseguem distinguir alimento de lixo, para eles uma tapinha de garrafa é comida boa e vai tudo para o estômago. Saturado de lixo essas aves acabam morrendo. Uma tragédia ambiental espantosa!
Estas aves refletem um resultado espantoso do transe coletivo do nosso consumismo e do crescimento industrial descontrolado. O fotógrafo tem visitado este lugar com uma equipe e iniciou o projeto de um filme intitulado A Jornada Midway. Nem um único pedaço de plástico nas fotos foi movido, colocado, manipulado, ajeitado ou alterado de alguma forma.
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Fonte: Hypeness via Diário de Biologia

Fotos de felinos,lindos.