quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Coruja-preta resgatada em rodovia é tratada no zoológico de Paulínia, SP


Coruja rara resgatada em rodovia vai para zoológico de Paulínia (Foto: Fernando Maia/Rota das Bandeiras)Coruja resgatada em rodovia está em zoológico de
Paulínia (Foto: Fernando Maia/Rota das Bandeiras)
Uma coruja-preta resgatada no canteiro central da Rodovia D. Pedro I no carnaval está sendo tratada no Parque Ecológico Armando Muller, em Paulínia (SP), até estar preparada para ser devolvida ao habitat natural. A ave está sob cuidado do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) desde o dia 14 de fevereiro, quando foi levada para o zoológico. As informações sobre o resgate foram divulgadas nesta quarta-feira (27) pela concessionária Rota das Bandeiras, responsável pela rodovia.
A equipe de Meio Ambiente da empresa foi acionada depois que o animal foi localizado durante inspeção de rotina na rodovia na altura do km 115, em Itatiba (SP). A coruja-preta estava com uma das asas ferida e não conseguia voar. Ela foi acompanhada pelo grupo de manejo da empresa até ser levada para o zoológico de Paulínia.
A bióloga Giselda Person explica que, assim como a maior parte das corujas, a ave tem comportamento noturno e dificilmente é vista. A espécie é conhecida como mocho-negro e tem o hábito de se esconder em árvores durante o dia e tornar-se ativa ao anoitecer. Sobre o ferimento, a bióloga descarta a possibilidade de ferimento por ataque de outro animal, já que não existem predadores de coruja. "Ela pode ter sido atingida por algum carro quando tentava atravessar a pista", explica Giselda.
A coruja-preta alimenta-se principalmente insetos, especialmente gafanhotos,baratas e besouros. Elas também comem roedores, répteis, pequenos pássaros e morcegos. Habita florestas altas de terra firme e de várzea, bordas de florestas e árvores em clareiras. A ave pode ser encontrada na amazônia brasileira, centro-oeste, Minas Gerais e da faixa do Rio de Janeiro a Santa Catarina. Ela também pode ser encontrada da Venezuela ao Paraguai, Argentina, Colômbia, Equador, sul da Bolivia e América do Sul a leste dos Andes.
Atropelamentos de animais silvestres

Um levantamento da Rota das Bandeiras de ocorrências de atropelamento de animais silvestres aponta que entre abril de 2009 e junho de 2012 foram registrados 86 casos somente na Rodovia D. Pedro I. O bicho-preguiça é a espécoe com o maior número de casos, com registro de 40 ocorrências. Já a Rodovia Zeferino Vaz teve 10 casos no período e o Anel Viário Magalhães Teixeira três casos.

As rodovias Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra e Romildo Prado, que são margeadas por mata nativa dos dois lados, tiveram 22 e 30 casos de atropelamentos de animais silvestres em três anos, respectivamente.
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Coruja rara resgatada em rodovia vai para zoológico de Paulínia (Foto: Fernando Maia/Rota das Bandeiras)Coruja resgatada em rodovia vai para zoológico de Paulínia (Foto: Fernando Maia/Rota das Bandeiras)Do G1 Campinas e Região

Ararinhas em risco de extinção são trazidas da Alemanha para o Brasil


Rafael Sampaio/Do Globo Natureza, em São Paulo
Duas ararinhas-azuis de uma espécie criticamente ameaçada de extinção estão sendo trazidas de avião da Alemanha para o Brasil nesta terça-feira (26), informa o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente.
O objetivo de trazer as aves é fazer com que elas se reproduzam e, com isso, promover o aumento na sua população em cativeiro no Brasil, afirma Camile Lugarini, coordenadora do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação da Ararinha-Azul.
Há apenas 79 ararinhas-azuis hoje no mundo (Foto: Divulgação/Al Wabra Wildlife Preservation)Há apenas 79 ararinhas-azuis hoje no mundo, todas em cativeiro. Em imagem de arquivo, aves desta espécie são mantidas em criadouro no Qatar (Foto: Divulgação/Al Wabra Wildlife Preservation)
"Nossa ideia é ter indivíduos suficientes em cativeiro para efetuar a reintrodução em seu habitat natural daqui a alguns anos”, avalia Camile. O animal, que é nativo do Brasil, não é encontrado na natureza desde 2000 e atualmente só existe em cativeiro.
Há apenas 79 ararinhas-azuis no no mundo, a maioria delas mantidas em criadouros fora do país, diz o ICMBio. "Somente quatro ararinhas compõem atualmente a população reprodutiva no Brasil", explica uma nota da instituição.
Fêmeas

As ararinhas-azuis que estão sendo trazidas ao Brasil são fêmeas e estavam sob cuidados da organização alemã ACTP (sigla em inglês para Associação para a Conservação das Araras Ameaçadas). Elas vão chegar de avião, acondicionadas em caixotes especiais e com todas as precauções necessárias, afirma o ICMBio.

Durante a quarentena, as aves serão submetidas a exames para avaliar suas condições de saúde. "A viagem é estressante, então pode baixar a imunidade [das ararinhas]", ressalta a coordenadora do Plano de Ação Nacional, que é analista do ICMBio. A quarentena é um procedimento padrão nestes casos, diz ela.A previsão é que as aves cheguem ao país após as 19h30, para depois serem levadas a um local de quarentena regulamentado pelo Ministério da Agricultura. "Durante a quarentena, as ararinhas permanecerão em observação por um período que pode variar entre duas a seis semanas, dependendo do seu comportamento", diz Camile.
Após este período, as ararinhas vão ser enviadas a um criadouro no estado de São Paulo, credenciado pelo governo brasileiro. A ideia é que ali seja feita a reprodução com machos de outras linhagens.
Intenção dos pesquisadores é reproduzir ave em cativeiro (Foto: Divulgação/Al Wabra Wildlife Preservation)Intenção dos pesquisadores é reproduzir ave em cativeiro; em imagem de arquivo, ararinhas-azuis mantidas em criadouro no Qatar (Foto: Divulgação/Al Wabra Wildlife Preservation)
"Temos quatro indivíduos dessa espécie no Brasil que estavam em um zoológico e há quase um ano estão em um criadouro. Há mais um animal em outro criadouro, que é ararinha a mais velha que se tem notícia, com mais de 30 anos", relata Camile.
Das ararinhas em idade de reprodução no Brasil, duas são machos e duas são fêmeas. A quinta tem 34 anos, aproximadamente, e não está em condições de reprodução, afirma Camile.
Primeira experiência

A primeira experiência de reintrodução das ararinhas na natureza, desde que haja condições (com o aumento da população em cativeiro), está prevista para ocorrer até 2017, segundo o ICMBio. A espécie é natural de uma área de caatinga no sertão da Bahia, mas não é vista na região desde 2000.

Caso os esforços de reprodução sejam bem-sucedidos, as ararinhas devem ser reintroduzidas em seu habitat. O projeto é uma parceria entre o governo brasileiro, ONGs e organizações privadas. As instituições vêm trabalhando para preparar o habitat, situado no norte da Bahia, com projetos de recuperação ambiental e educação para as comunidades do entorno.
A história de uma ararinha-azul domesticada, encontrada nos EUA em 2002, inspirou o cineasta brasileiro Carlos Saldanha a fazer o filme "Rio", grande sucesso de bilheteria nos cinemas.
Além das duas ararinhas que estão sendo trazidas ao Brasil, outras cinco aves desta espécie -- quatro que estão na Espanha e um macho que está na Alemanha -- devem ser trazidas ao Brasil nos próximos meses, informa a analista do ICMBio.

Águas-vivas exóticas são vistas por visitantes em exibição na Alemanha


Menina observa água-viva em um aquário na cidade de Timmendorfer, na Alemanha, nesta terça-feira (26). O município recebe uma exibição deste tipo de animal marinho, chamada de 'Descoberta das Medusas' (Foto: Jens Buttner/AFP)Menina observa água-viva em um aquário na cidade de Timmendorfer, na Alemanha, nesta terça-feira (26). O município recebe uma exibição deste tipo de animal marinho, chamada de 'Descoberta das Medusas' (Foto: Jens Buttner/AFP)
Água-viva da espécie 'Aurelia aurita' é vista durante exibição 'Descoberta das Medusas', que está sendo realizada na Alemanha, nesta terça-feira (26) (Foto: Jens Buttner/AFP)Água-viva da espécie 'Aurelia aurita' é vista durante exibição 'Descoberta das Medusas', que está sendo realizada na Alemanha, nesta terça-feira (26) (Foto: Jens Buttner/AFP)
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Animal conhecido como 'urtiga-do-mar' em aquário na cidade alemã de Timmendorfer. Município recebe exibição de águas-vivas e animais similares nesta terça-feira (26) (Foto: Jens Buttner/AFP)Animal conhecido como 'urtiga-do-mar' em aquário na cidade alemã de Timmendorfer. Município recebe exibição de águas-vivas e animais similares nesta terça-feira (26) (Foto: Jens Buttner/AFP)
Do Globo Natureza,em São Paulo

'Refúgio' de tartaruga-marinha na Ásia está em risco, afirma estudo

Filhotes da tartaruga-de-couro na Malásia, em 2004 (Foto: AFP/Arquivo)Imagem de arquivo mostra filhotes da tartaruga-de-couro no litoral asiático (Foto: AFP/Arquivo)


Um estudo realizado por quatro instituições de pesquisa internacionais aponta que uma espécie de tartaruga-marinha ameaçada de extinção, a tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea), está perdendo um de seus principais habitats para reprodução, localizado no litoral da Indonésia, na Ásia.
A pesquisa foi publicada na revista científica "Ecosphere", nesta terça-feira (26). Pelo menos 75% de todas as tartarugas-de-couro que habitam a parte ocidental do Oceano Pacífico desovam neste "refúgio" indonésio, um punhado de praias na península Bird's Head, de acordo com os cientistas.
"Nossas análises indicam que o número de ninhos de tartarugas-de-couro nestas praias diminuiu em 78% ao longo dos últimos 27 anos", disse o pesquisador Petter Dutton, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglës), uma das instituições responsáveis pela pesquisa.
Além da NOAA, o estudo foi realizado pela Universidade do Alabama, a Universidade Estadual da Papua na Indonésia e a WWF na Indonésia, uma organização ambiental.
"A criação de ninhos de tartarugas nestas praias e em outras ilhas nos arredores depende de haver fontes de alimento disponíveis no mar", afirmou o pesquisador Ricardo Tapilatu, um dos autores do estudo.O relatório aponta que houve redução significativa na quantidade de ninhos da tartaruga na região litorânea de Bird's Head, considerado um "santuário" para os animais.
Além do declínio das fontes de comida, outros fatores estão afetando o habitat natural das tartarugas, como a presença de porcos e animais domésticos que comem os ovos desta espécie; a caçada humana aos ovos; e a captura acidental dos animais por redes de pesca comercial.
Estes fatores atingem tanto a criação dos ninhos da Dermochelys coriacea quanto sua população, dizem os pesquisadores.
A tartaruga-de-couro está criticamente ameaçada de extinção, segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas, mantida pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês).
A instituição estima que o número de tartarugas diminuiu de 115 mil fêmeas adultas, em todo o mundo, em 1982, para cerca de 20 mil na década de 1990. Faltam dados atualizados sobre a população da espécie, segundo o site da organização.
Do Globo Natureza, em São Paulo

'Deus nos pregou uma peça enorme', diz pai de vítima de incêndio em boate

Fabiano Arruda e Tatiane QueirozDo G1 MS

“Deus nos pregou uma peça enorme”, diz pai de vítima da Kiss (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)Pais de David mostram camisa com assinaturas e desenho de anjo (Foto: Fabiano Arruda/G1 MS)


Na madrugada do dia 27 de janeiro de 2013, David Santiago de Souza, 22 anos, morreu no incêndio da boate Kiss, em Santa Maria (RS). Depois do sepultar o corpo do filho, o enfermeiro Eduardo Pena de Souza, 54 anos, foi até o apartamento em que o jovem morava na cidade gaúcha. Encontrou frutas em cima da geladeira, o controle embaixo da cama -  uma mania de David - e as roupas na lavandeira. Um mês depois da tragédia, a família, residente em Campo Grande, ainda não conseguiu mexer no imóvel.
Ao falar com o irmão, ouviu a recomendação para que fosse forte. “Ele falou que havia acontecido uma tragédia numa boate em Santa Maria em que provavelmente David estava lá”. Souza diz que ele e a mulher, Jânea Santiago de Souza, 54 anos, entraram em desespero. “Quando liguei a televisão já eram 180 mortes confirmadas”.“Deus nos pregou uma peça enorme. Ele foi antes de nós”, disse Souza ao G1. “Não tive coragem de desfazer o apartamento, foi a parte mais pesada”, lembra. Um dia antes, na manhã de domingo, acordou e viu várias chamadas não atendidas do irmão, tio do jovem, que também mora em Santa Maria.Quando conseguiram chegar a Santa Maria, na manhã de segunda-feira, o corpo de David havia sido reconhecido pelos tios e estava sendo velado. “Ele não estava muito ferido, tinha apenas uma queimadura na orelha”, lembra a mãe.
David Santiago MS (Foto: Arquivo pessoal/ Família)
David comemorava na boate o aniversário de
22 anos (Foto: Arquivo pessoal/ Família)
O casal ouviu de um amigo do rapaz o que aconteceu na noite de 27 de janeiro. Segundo o relato que receberam, o jovem foi até a Kiss com o colega, mas na hora de ir embora, quis ficar no local acompanhado por uma amiga. David fez aniversário na sexta-feira e comemorava na boate.

Ação
Souza conta que faz parte do grupo que entrará com ação coletiva para tentar uma indenização por danos materiais e morais por conta da tragédia. Ele não detalha se já procurou algum advogado e fala que um mês após o ocorrido, ainda só há espaço para lembranças. “Ele viveu bem 22 anos. Fez muito mais coisas que eu com 54”, diz

Durante o tempo em que ficaram em Santa Maria, o casal foi confortado por amigos e professores do jovem. Eles receberam de presente uma camisa do filho, assinada pelos colegas e com um desenho de David em forma de anjo.  “Isso nos confortou. Temos que seguir adiante, embora tenha pensado em largar tudo”, disse. “Os colegas do David choravam mais que eu”, completa.

“Deus nos pregou uma peça enorme”, diz pai de vítima da Kiss (Foto: Yarima Mecchi/G1 MS)
Homenagens feita pelos amigos
(Foto: Yarima Mecchi/G1 MS)
O casal mora em Campo Grande há 13 anos e conta que sempre incentivou o filho a estudar em Santa Maria por acreditar que era o local mais adequado para a faculdade. Boa parte da família havia cursado o ensino superior nesse município. David, conforme Jânea, tinha planos para voltar à capital sul-mato-grossense.

Eduardo comenta que, para ele, falar do filho não representa remoer a dor, mas uma forma de manter viva a memória do filho. “As qualidades dele não somos nós que dizemos, foram os colegas e professores. Nunca tive problema com o David, mas não esperava o que estava reservado. Ter que enterrar um filho e todo um projeto é algo anormal, mas foi a vida dele”.

 A última vez que esteve com os pais viram David foi entre os meses de maio e junho de 2012. Souza fez questão de ler uma carta escrita à mão pelo filho, encontrada no apartamento. “Vejo-me com saúde e paz e sem motivos para ser triste”.

Outra vítima
A jovem sul-mato-grossense Ana Paula Rodrigues, de 21 anos, também está entre as vítimas do incêndio na boate Kiss. No dia da tragédia, ela estava no local com alguns amigos, chegou a ser socorrida e encaminhada para o hospital, mas não resistiu e morreu por volta das 23h do dia 27 de janeiro.

Estudante Ana Paula Rodrigues, de MS, morreu em incêndio em boate no RS (Foto: Reprodução/ Facebook)
Ana Paula passava ferias no sul 
(Foto: Reprodução/ Facebook)
“Agora o que resta é só a saudade”, afirmou ao G1 o pai da jovem, José Rodrigues, que mora em Mundo Novo, a 462 km de Campo Grande. O corpo de Ana Paula foi transferido do Rio Grande do Sul para Mato Grosso do Sul no dia 28 de janeiro e sepultado no dia 29. “Eu acompanhei o corpo da minha filha até a nossa cidade. Sofri muito, mas tive que ser forte para ajudar a minha família”, relatou.

José conta que a filha foi passar férias no Rio Grande do Sul com um casal de amigos. “Quando ela disse que queria viajar, eu apoiei. Eu não imaginava que ela não ia mais voltar”, contou.

Ainda segundo o pai, dois dias antes da tragédia, no dia 25, Ana Paula mandou uma mensagem para o irmão e disse que “estava se divertindo muito”. Esse foi o último contato da menina com a família. A família da jovem informou que ainda não entrou com nenhuma ação judicial contra a boate Kiss.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aproximadamente 50% das zonas úmidas do planeta foram destruídas por ações humanas no século XX



Cerca de 50% de todos os ecossistemas que formam as áreas úmidas foram destruídos pela expansão da ocupação humana ao longo do século XX. A informação consta no relatório da iniciativa Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), que apresenta um prognóstico negativo sobre as áreas úmidas, áreas de transição entre os ecossistemas aquáticos e terrestres como pântanos, lagos, manguezais, áreas irrigadas, entre outros. Criado em 2007, a TEEB é elaborada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) para desenvolver uma análise global sobre o impacto econômico gerado pelas perdas da biodiversidade.

A maior parte das perdas aconteceu entre as décadas de 50 e 80, de maneira diferente em cada parte do mundo. A Europa teve a perda mais significativa: entre 55 e 67% de suas áreas úmidas desapareceram no século passado. "Não obstante o grande valor dos serviços que prestam à humanidade, as zonas húmidas continuam a ser degradadas ou perdidas devido aos efeitos de produção agrícola intensiva, irrigação, extração para uso doméstico e industrial, urbanização, infraestrutura e poluição", aponta o documento do TEEB.

O relatório enfatiza que as zonas úmidas são cruciais na manutenção do ciclo da água que, por sua vez, sustenta todos os serviços dos ecossistemas. A questão da disponibilidade da água é de tamanha importância que a Organização das Nações Unidas declarou 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela Água.

Conforme reportagem do portal O Eco, em 2012, dos 127 países signatários da Convenção de Ramsar - ou Convenção sobre Zonas Úmidas, tratado intergovernamental que estabelece marcos para ações nacionais e internacionais para a conservação e o uso racional de zonas úmidas e de seus recursos naturais -, 28% indicaram que houve piora no estado das zonas úmidas. Apenas 19% dos países apresentaram bons resultados em relação à preservação desses ecossistemas.

Fonte: O Eco

Contaminação química das águas pode ser causa de tumores em tartarugas-verdes



Dados coletados pelo Projeto Tamar, que trabalha com conservação de tartarugas marinhas, aponta que cerca de 16% da população de tartarugas-verdes presente na faixa litorânea brasileira sofre do mal chamado fibropapilomatose associado a um vírus que provoca surgimento de verrugas de até 30 centímetros de diâmetro na pele dos animais. Pesquisadores tentam descobrir as causas dessa anomalia e como evitar uma epidemia da doença, provocada pela contaminação dos mares por reagentes químicos.

Apesar das erupções cutâneas serem consideradas tumores benignos, pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo, que analisam a doença, afirmam que a queda da imunidade das tartarugas teria relação com a enfermidade e pode abrir brechas no sistema imunológico para outras doenças.

Segundo os pesquisadores é preocupante a possibilidade de exemplares saudáveis contraírem os tumores devido à convivência com espécimes contaminados, o que aumentaria ainda mais a vulnerabilidade dessas tartarugas.

Para descobrir mais detalhes a respeito, além de buscar formas de prevenção e preservação das tartarugas-verdes, cientistas investigam como resquícios de despejos químicos podem provocar a fibropapilomatose.

De acordo a doutoranda em Ecologia Aplicada na USP, Silmara Rossi, uma das responsáveis pela análise, compostos orgânicos com cloro despejados em rios ou depositados no solo, que entraram em contato com cursos d'água e se encaminharam para o mar, podem ter relação com os casos de tumores nas tartarugas. Segundo ela, pertencem a esse grupo químico os pesticidas, agrotóxicos, além de materiais utilizados na produção de transformadores elétricos. "Esses compostos são persistentes no meio ambiente. Alguns deles foram utilizados na década de 1970, mas ainda tem reflexo na água e no solo", explica Rossi.

O acelerado crescimento das zonas costeiras do país também oferece risco às tartarugas, de acordo com informações do portal de notícias G1. Cecília Baptistotte, da coordenação nacional de Medicina Veterinária do Projeto Tamar, afirma que a prevalência da doença é muito maior em regiões densamente ocupadas, ou seja, que registram maiores índices de lançamento de dejetos de esgoto doméstico, industrial e agrícola.

Fonte: G1

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Fotos ampliadas revelam formas e cores escondidas nos alimentos


Imagens ampliadas tiradas por cientistas revelam pequenas e surpreendentes estruturas que compõem os alimentos que comemos.
As fotos microscópicas evidenciam formas granuladas, circulares, de flores ou mesmo de colmeia.
Brócolis, grãos de milho, tomate e framboesa contêm detalhes curiosos, que são invisíveis a olho nu.

Estrutura de ramos de couve-flor

Brócolis

Adoçante aspartame

Açúcar refinado

Açafrão

Mirtilo(fruta)

Semente de framboesa

Pimenta Chili

Estrutura de um tomate

Telescópio faz imagem de 'berçário' de estrelas a 8 mil anos-luz da Terra

Imagem da Nebulosa da Lagosta obtida pelo telescópio Vista do ESO (Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo)Nova foto da Nebulosa da Lagosta feita pelo telescópio Vista (Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo)

Um telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), que mapeia a Via Láctea, captou uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, uma "maternidade" de estrelas localizada a 8 mil anos-luz da Terra, na Constelação do Escorpião.
O registro do instrumento Vista, situado no Observatório de Paranal, no norte do Chile, foi obtido por meio de raios infravermelhos e mostra nuvens brilhantes de gás e filamentos de poeira escura em volta de astros quentes e jovens. Esses aglomerados são onde nascem as estrelas, incluindo aquelas de grande massa, que brilham em tons azuis-esbranquiçados em luz visível.
Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado estelar Pismis 24 em seu centro (Foto: Davide De Martin (ESA/Hubble), the ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator & Digitized Sky Survey 2)Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado Pismis 24 em seu centro (Foto: Davide De Martin (ESA/Hubble), ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator & Digitized Sky Survey 2)
Além de obter uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, também chamada de Nebulosa Guerra e Paz ou NGC 6357, esse telescópio terrestre observa toda a região central da nossa galáxia, para determinar sua estrutura, origem e vida inicial.
O novo retrato feito pelo Vista revela detalhes diferentes dos identificados por um telescópio dinamarquês em La Silla, também no Chile, que flagrou o objeto apenas em luz visível, com muita interferência da poeira cósmica em volta dele.
Imagem em luz visível foi obtida por telescópio dinamarquês em La Silla (Foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/ R. Gendler, U.G. Jørgensen, J. Skottfelt, K. Harpsøe)Imagem em luz visível da Nebulosa da Lagosta foi obtida anteriormente por um telescópio dinamarquês localizado em La Silla (Foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/ R. Gendler, U.G. Jørgensen, J. Skottfelt, K. Harpsøe)
Partes da NGC 6357 também já foram registradas em luz visível pelo telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, e pelo Very Large Telescope (VLT) do ESO.
Registro da NGC 6357 feito pelo telescópio Hubble (Foto: NASA, ESA and Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, Spain)/Davide De Martin (ESA/Hubble))Registro da NGC 6357 feito pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e divulgado em 2006 (Foto: Nasa, ESA and Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, Spain)/Davide De Martin (ESA/Hubble))
Uma das estrelas jovens que habitam essa nebulosa é a Pismis 24-1, que já foi considerada o maior astro conhecido – até os astrônomos descobrirem que ela se trata, na verdade, de pelo menos três estrelas enormes, cada uma com massa de até 100 sóis.
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O Very Large Telescope do ESO (VLT) obteve a imagem mais detalhada até hoje de uma região espetacular da maternidade estelar chamada NGC 6357 (Foto: ESO/Divulgação)O Very Large Telescope (VLT) do ESO obteve a imagem mais detalhada até hoje da NGC 6357 (Foto: ESO)Do G1, em São Paulo

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

'Babá' de ursos cuida de 27 filhotes órfãos nos Estados Unidos


Do Globo Natureza, em São Paulo
Um homem que atua como "babá" de filhotes de ursos, no estado de New Hampshire, nos EUA, chegou a cuidar de 27 animais órfãos após um inverno rigoroso em 2012, informaram agências internacionais nesta terça-feira (19).
O cuidador Ben Kilham, o único licenciado pelo governo de New Hampshire para atuar com ursos, em geral protege de três a cinco filhotes por ano. Eles são levados para uma região de floresta nos arredores de sua casa. Kilham viu-se cuidando de 27 deles, vindos de diversos lugares do país, após vários animais adultos haverem morrido com o inverno rigoroso.
Ben Kilham junto com filhote de urso que recebeu cuidados, no estado de New Hampshire (Foto: AP)Ben Kilham junto com filhote de urso que recebeu cuidados, no estado de New Hampshire (Foto: AP)
"Eu não sabia o que esperar, conforme os ursos chegavam. A cada uma ou duas semanas eu recebia  ligações de gente dizendo que havia localizado um filhote abandonado", disse Kilham ao jornal britânico "Daily Mail".
Os filhotes ficaram abrigados na área de floresta de 32 mil m² durante 2012. Kilham atuou em conjunto com técnicos do governo do estado para libertar os animais em locais remotos de mata nos EUA quando eles chegaram à idade adulta.
Os ursos, que costumam hibernar no inverno, permaneceram ativos durante boa parte do período em que receberam cuidados, afirmou o cuidador ao "Daily Mail". "Eles se mantinham acordados. Sempre havia algum para puxar o outro que dormia, e logo, todos estavam de pé", disse.
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Grupo de 12 ursos brincam e escalam árvores em floresta que serve de abrigo nos EUA (Foto: AP)Grupo de 12 ursos brincam e escalam árvores em floresta que serve de abrigo nos EUA (Foto: AP)
Filhotes de urso já crescidos, em foto de outubro de 2012, durante período de cuidados (Foto: AP)Filhotes de urso já crescidos, em foto de outubro de 2012, durante período de cuidados (Foto: AP)
Filhotes órfãos de urso acolhidos durante o inverno por Ben Kilham (Foto: AP)Filhotes órfãos de urso acolhidos durante o inverno por Ben Kilham (Foto: AP)

Americanos fazem treinamento radical em selva tailandesa

Fuzileiros dos EUA realizam programa de sobrevivência que inclui desafios como capturar cobra e beber seu sangue.












Do G1

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Animal considerado raro pelo Ibama é visto em fazenda de Rondônia

Ivanete DamascenoDo G1 RORaposa-de-orelhas-pequenas foi encontrada em uma fazenda em Candeias do Jamari, RO (Foto: Rodrigo Erse Moreira Mendes / divulgação)
Raposa-de-orelhas-pequenas foi encontrada em uma fazenda em Candeias do Jamari, RO (Foto: Rodrigo Erse Moreira Mendes/Arquivo pessoal)
Oito animais da espécie canídeo carnívoro, considerada rara pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foram vistos em uma fazenda em Candeias do Jamari (RO), a 40 quilômetros de Porto Velho, na noite de domingo (17). Com poucos dados, Atelocynus microtis, conhecido popularmente com raposa-de-orelhas-pequenas, está presente no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção, publicado pelo Ministério do Meio Ambiente em 2010, segundo Joãoel Veríssimo de Souza, veterinário do Núcleo de Fauna do Ibama.
"Não podemos passar muitas informações sobre esta espécie. O catálogo que temos dela é tão pouco que não podemos dizer qual a média de idade que ela vive", explica Souza. No entanto, o veterinário afirma que o habitat natural da raposa-de-orelhas-pequenas é a Floresta Amazônica, principalmente na parte brasileira, e que o animal é solitário e de hábitos noturnos.
Outro dado relevante, segundo o veterinário, é que por ser um animal de porte pequeno a alimentação costuma ser de pequenos animais, principalmente aves, e ovos. "Às vezes esta espécie pode atacar até um animal maior, mas é difícil acontecer isso", diz Souza.
Apesar de estar no Livro Vermelho como em extinção, Joãoel diz que não pode afirmar se a espécie está realmente sob o risco de ser extinta ou se é rara. "Não posso dizer que é uma espécie em extinção e nem se realmente é rara. O que não temos é dados sobre ela, por isso está considerada pelo Ibama desta forma, como rara e em extinção", destaca o veterinário. Souza ressalta que na próxima atualização da lista de animais catalogados, sejam eles raros ou em extinção, "talvez haja mais informações" sobre a raposa-de-orelhas-pequenas. Joãoel não soube informar quando será publicada a próxima edição do Livro Vermelho.
Raposa-de-orelhas-pequenas atacou alguns animais da fazenda em Candeias do Jamari, RO (Foto: Rodrigo Erse Moreira Mendes / divulgação)
Raposa-de-orelhas-pequenas atacou alguns animais
de uma fazenda em Candeias do Jamari, RO
(Foto: Rodrigo Erse Moreira Mendes/Arquivo pessoal)
Sumiço de aves
Na noite de domingo (17), um grupo de oito raposas foi vista na fazenda de Rodrigo Erse Moreira Mendes. "Primeiro percebemos que algumas aves começaram a sumir da nossa fazenda. Começamos a vigiar e vimos o animal rondando durante a noite”, conta Mendes.

Segundo o proprietário, ao entrar em contato com o Ibama, o órgão recomendou que a captura deveria ser realizada pelas próprias pessoas da fazenda. Para capturar o animal, conforme orientação repassada pelo Ibama,  Rodrigo diz que tentou fazer algumas armadilhas, mas sem sucesso.
Mendes diz que dois animais já foram mortos por fazendeiros da região. “Nós temos uma criação de gansos e intensificamos a proteção para não sermos atacados”, garante o proprietário da fazenda. O Ibama deverá fazer uma visita ao local onde a raposa-de-orelhas-pequenas tem sido encontrada e tentará capturar o animal.
Curioso com o aparecimento do Atelocynus microtis, o proprietário da fazenda conta que fez várias pesquisas sobre o animal e, segundo as informações colhidas por Mendes, o animal não é visto desde 2006 na Floresta Nacional do Jamari, próxima a fazenda. “Eu consegui algumas informações somentes em sites na internet. Posso considerar até que o registro da imagem que consegui fazer é raríssimo”, afirma Mendes.

Festival exibe elefante, trem e outras esculturas feitas de laranjas e limões


Em Menton, no sul da França, ocorre o 80° Festival do Limão, que será realizado até o dia 6 de março. Neste ano, o tema do festival, que exibe esculturas feitas com limões e laranjas e envolve mais de 145 toneladas de frutas cítricas, é 'Volta ao Mundo em 80 dias'.
Trabalhador faz últimos ajustes em trem feito com limões e laranjas, durante o 80° Festival do Limão em Menton, no sul da França. Neste ano, o tema do festival, que envolve mais de 145 toneladas de frutas cítricas, é 'Volta ao Mundo em 80 dias' (Foto: Lionel Cironneau/AP)Trabalhador faz últimos ajustes em trem feito com limões e laranjas,  (Foto: Lionel Cironneau/AP)
Escultura de elefante feita de frutas cítricas é destaque de festival francês (Foto: Lionel Cironneau/AP)Escultura de elefante feita de frutas cítricas é destaque de festival francês (Foto: Lionel Cironneau/AP)
Escultura retrata relógio do Palácio de Westminister em Londres, que contém o famoso sino 'Big Ben' (Foto: Lionel Cironneau/AP)Escultura retrata relógio do Palácio de Westminister em Londres, que contém o famoso sino 'Big Ben' (Foto: Lionel Cironneau/AP)
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Estátua da Liberdade feita de limões e laranjas; com tema 'volta ao mundo em 80 dias', festival acontece até o início de março (Foto: Lionel Cironneau/AP)Estátua da Liberdade feita de limões e laranjas; com tema 'volta ao mundo em 80 dias', festival acontece até o início de março (Foto: Lionel Cironneau/AP)