segunda-feira, 15 de junho de 2015

ONG alemã registra nascimento de ararinha-azul, ave ameaçada no Brasil

Marcus, exemplar de ararinha-azul, nasceu há 19 dias em Berlim, na Alemanha. (Foto: Patrick Pleul/DPA/AP)
Marcus, exemplar de ararinha-azul, nasceu há 19 dias em Berlim, na Alemanha. (Foto: Patrick Pleul/DPA/AP)
Uma organização ambiental da Alemanhadivulgou nesta semana o nascimento de uma ararinha-azul em cativeiro. O exemplar, batizado de Marcus, tem 19 dias e é a quarta ave desta espécie ameaçada de extinção a nascer este ano na sede da Associação para a Conservação dos Papagaios Ameaçados (ACTB, em inglês), sediada em Berlim.

A ONG, com a ajuda do governo brasileiro, tenta aumentar a população de ararinhas-azuis para que os pássaros possam repovoar o ambiente selvagem e, com isso, se reproduzir. Os animais devem ser trazidos para o Brasil a partir de 2021, estima a associação.

Originária da região de Curaçá, na Bahia, a espécie Cyanopsitta spixii pertence à família dos psitacídeos, que tem patas com dois dedos virados para frente e dois para trás. Alimenta-se de sementes e frutas. Usa o bico para escalar e subir em galhos.
A caça ilegal e a derrubada de vegetação importante para a espécie ajudaram a aumentar a pressão de traficantes de animais sobre a ave, que foi capturada sistematicamente até sumir da natureza.
De acordo com o governo, existem 92 exemplares em cativeiro, dos quais apenas 11 estão no Brasil.

De acordo com o Instituto Chico Mendes (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente, os filhotes nasceram em um criadouro científico do interior de São Paulo.

Exemplares de ararinha-azul nasceram em outubro em um centro de conservação no interior de São Paulo (Foto: Divulgação/ICMBio)
Exemplares de ararinha-azul nasceram em outubro em um centro de conservação no interior de São Paulo
 (Foto: Divulgação/ICMBio)

Projeto do Brasil que protege o tatu no Pantanal ganha prêmio internacional

Do G1, em São Paulo
Exemplar de tatu-canastra, espécie rara de ser vista e que contribui indiretamente na preservação de outros animais (Foto: Divulgação/Projeto Tatu-canastra)
Exemplar de tatu-canastra, raro de ser visto e que contribui indiretamente na preservação de outros animais. Projeto de brasileiro no Pantanal com essa espécie ganhou prêmio (Foto: Divulgação/Projeto Tatu-canastra)
O francês Arnaud Desbiez, que conduz um projeto para proteção do tatu-canastra no Pantanal brasileiro, recebeu o prêmio britânico Whitley, uma das maiores honrarias da área ambiental no mundo.
A distinção foi entregue a ele e a outros seis ambientalistas na Sociedade Real de Geografia em Londres pela princesa Anne, filha da rainha, patrona da Fundação Whitley. Outros projetos de conservação da Índia, Nigéria, Colômbia, Indonésia e Filipinas foram premiados.
Segundo um comunicado da Fundação Whitley, Desbiez trabalha no Pantanal do Mato Grosso do Sul, uma das maiores áreas úmidas do mundo, na proteção do tatu-canastra (Priodontes maximus), um dos mamíferos mais antigos da Terra, um "fóssil vivo".
O francês, um ex-funcionário de zoológico, criou em 2010 seu programa para a proteção e a pesquisa desta espécie, raramente vista em liberdade.
A campanha fez com que "cerca de 65.000 pessoas da região se envolvessem diretamente em campanhas de sensibilização" sobre o perigo de extinção deste animal "e as autoridades do estado de Mato Grosso do Sul (sudoeste) selecionaram o tatu gigante como um indicador para a criação de áreas protegidas".
G1 fez uma reportagem sobre o trabalho dos cientistas. Eles constataram que as tocas feitas pelos tatus ajudam na proteção de pelo menos 24 espécies de vertebrados da região, como jaguatiricas e pequenos roedores. Suas principais funções são servir como refúgio térmico, área de alimentação ou de descanso.
Exemplar de jaguatirica é visto saindo de buraco cavado por tatu-canastra. Armadilha fotográfica captou movimentação e detectou que 24 espécies se beneficiam das tocas (Foto: Divulgação/Projeto Tatu-canastra)
Exemplar de jaguatirica é visto saindo de buraco cavado por tatu-canastra. Armadilha fotográfica captou movimentação e detectou que 24 espécies se beneficiam das tocas (Foto: Divulgação/Projeto Tatu-canastra)

Mudança climática leva urso polar a se alimentar de golfinhos, diz estudo

Da France Presse via G1 Natureza
Um exemplar macho de urso polar é visto próximo de carcaça de golfinho em abril de 2014. Segundo o estudo, o urso começou a encobrir os restos do cetáceo com neve (Foto: Divulgação/Polar Research/Creative Commons)
Um exemplar macho de urso polar é visto próximo de carcaça de golfinho em abril de 2014. Segundo o estudo, o urso começou a encobrir os restos do cetáceo com neve para esconder a carne de outros predadores (Foto: Divulgação/Polar Research/Creative Commons)
Pela primeira vez ursos polares foram vistos se alimentando de golfinhos no Ártico, algo que pode ser uma consequência direta das mudanças climáticas, segundo os cientistas.
Durante pesquisas no arquipélago norueguês de Svalbard (Spitzberg), cujos resultados acabam de ser publicados na revista "Polar Research", Jon Aars, especialista em ursos polares do Instituto Polar Norueguês, observou e fotografou em abril de 2014 um urso se alimentando de golfinhos-de-bico-branco.
Estes cetáceos normalmente não fazem parte da alimentação dos ursos polares, que costumam se alimentar principalmente de focas. "É possível que apareçam novas espécies na alimentação dos ursos como consequência das mudanças climáticas, já que novas espécies começam a se deslocar ao norte", declarou Aars.
Embora esta espécie de golfinho seja frequente nas águas setentrionais (que ficam na porção norte do continente europeu) durante o verão, quando o gelo marinho se desfaz, é mais raro que seja vista no inverno ou na primavera, épocas em que o mar está coberto de gelo.
No entanto, segundo os pesquisadores noruegueses, o progressivo degelo durante o inverno na região nos últimos anos pode ter atraído os golfinhos, que ficam presos com o aparecimento repentino de gelo em abril.
Novo hábito
Segundo Aars, o urso provavelmente capturou os golfinhos quando eles saíram à superfície para respirar através de um pequeno buraco no gelo. "Mesmo que tenham visto o urso, os golfinhos não tinham outra opção", acrescenta.

O urso, um macho velho visivelmente faminto, devorou um dos cetáceos e enterrou outro sob a neve, outro fenômeno visto poucas vezes.
"Acreditamos que tentou cobrir o golfinho de neve com a esperança de que outros ursos, raposas ou pássaros não o encontrassem, para assim poder comê-lo um ou dois dias depois, após ter digerido o primeiro", explicou Aars.
Depois destas primeiras observações, foram vistos outros cinco casos de golfinhos presos ou capturados e comidos por ursos polares, acrescentou.
"Não acredito que seja algo revelador ou uma mudança radical" na alimentação do carnívoro, estimou o cientista. "É apenas que o urso polar está entrando em contato com espécies que até agora não tinha o hábito de comer".
No alto da cadeia alimentar, o urso polar é um predador oportunista que também pode se alimentar de pequenas baleias, como a baleia branca ou a narval, dependendo da ocasião.
Esses cetáceos normalmente não fazem parte da alimentação dos ursos polares. O estudo sugere que, com a mudança climática, a espécie passe a fazer parte da dieta deles (Foto: Divulgação/Polar Research/Creative Commons)
Esses cetáceos normalmente não fazem parte da alimentação dos ursos polares. O estudo sugere que, com a mudança climática, a espécie passe a fazer parte da dieta deles (Foto: Divulgação/Polar Research/Creative Commons)

Filhotes de orangotangos têm aulas de hábitos selvagens na Indonésia

Exemplares de orangotango resgatados por ambientalistas vão frequentar escola para aprender hábitos selvagens e, com isso, sobreviverem na floresta  (Foto: Caters News/The Grosby Group)
Exemplares de orangotango resgatados por ambientalistas vão frequentar escola para aprender hábitos selvagens e, com isso, sobreviverem na floresta (Foto: Caters News/The Grosby Group)
Esses bebês orangotangos amontoados em um carrinho de mão foram resgatados de um cativeiro na Indonésia por uma organização e levados para reabilitação, onde passarão por um treinamento que vai ensiná-los a sobreviver no ambiente selvagem.

Os primatas vão ter aulas para aprender a escalar árvores, brincar e cuidar de si próprio ou de outros exemplares. Alguns deles cresceram domesticados e, por isso, precisam desses ensinamentos.
De acordo com os ambientalistas, os exemplares resgatados levarão anos para desenvolver habilidades que possibilitam a sua sobrevivência em uma floresta.
Na Indonésia, os orangotangos estão ameaçados pelo avanço do cultivo de palmeiras em áreas que outrora abrigavam florestas.
Muitos deles continuam vivendo em regiões com grande número de plantações dessas árvores, usadas para extração de óleo de dendê, mas estão sujeitos a diversos atos de violência. Ambientalistas contam que muitos animais sofrem espancamentos e são mortos por funcionários de empresas locais de plantações.
Do G1 SP

Idoso faz flexões em festa de 110 anos em MT para provar boa forma

Antônio Benedito fez flexão durante a festa de aniversário de 110 anos. (Foto: Reprodução/ TVCA)
Antônio Benedito fez flexão durante a festa de aniversário de 110 anos. (Foto: Reprodução/ TVCA)
Descendente de escravos, Antônio Benedito Conceição comemorou no último  final de semana 110 anos. Ele é morador da comunidade quilombola de 'Mata Cavalo', no município de Nossa Senhora do Livramento, a 42 km de Cuiabá. A comunidade é ocupada por descendentes de escravos há mais de 120 anos. Esbanjando saúde, o idoso mostrou que está em boa forma e fez flexões durante a festa para mostrar que ainda está em forma.
Para comemorar a data, os filhos, netos, bisnetos e tataranetos organizaram uma festança para o idoso. Querido e admirado, ele festejou com muitos parentes e amigos. “Há muitos anos não tinha escola na zona rural e ele batalhou junto ao prefeito e às autoridades para se criar uma escola aqui na comunidade”, disse a moradora Gonçalina Eva de Almeida.
Ele comemorou aniversário acompanhado de familiares e amigos. (Foto: Reprodução/ TVCA)
Ele comemorou aniversário acompanhado de familiares e amigos. (Foto: Reprodução/ TVCA)
Aos 110 anos, Antônio Mulato é pura alegria e ainda mostra uma disposição invejável. Para provar a boa forma, ele fez flexões na frente dos convidados durante a comemoração. Para o aniversariante o segredo é a felicidade. “Todos estão aqui para ganhar a felicidade que Deus deixou”, disse. Ele já perdeu a conta de netos, bisnetos, tataranetos e até trinetos. No entanto, a memória continua perfeita. “Esse é meu filho Manoel Irineu Conceição e nasceu dia 3 de julho de 1932”, afirmou apontando para o filho.
O idoso foi casado duas vezes e ainda morou com outras três mulheres. No total, são 13 filhos, 40 netos, 20 bisnetos, 10 tataranetos e mais alguns trinetos. A atual mulher, de 70 anos, está casada com ele há aproximadamente 30 anos.
Com fama de namorador, os familiares lembram que certa vez uma mulher avisou que quando ele fizesse 100 anos voltaria para se casar com ele. “Ele acreditou nessa história, até que um dia esqueceu”, disse a neta Ana Maria Conceição. Ele ainda guarda na carteira o bilhete que recebeu pelos correios de uma namorada portuguesa que teve.
Do G1 MT

Entenda o fator previdenciário e o que pode mudar na aposentadoria

A presidente Dilma Rousseff tem até quarta-feira (17) para decidir se veta ou não uma proposta aprovada pelo Congresso que altera o fator previdenciário – um cálculo utilizado para a concessão das aposentadorias.
A alteração foi incluída como emenda (proposta de mudança) ao texto da MP 664, que restringe o acesso à pensão por morte, aprovada por 232 votos a favor, 210 contra e duas abstenções.
Se Dilma vetar, ela precisa apresentar uma proposta alternativa ao Congresso, ou os parlamentares poderão derrubar o veto e fazer a nova regra valer.
O que é o fator previdenciário?
É uma fórmula matemática que tem o objetivo de reduzir os benefícios de quem se aposenta antes da idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para homens, e incentivar o contribuinte a trabalhar por mais tempo. Quanto menor a idade no momento da aposentadoria, maior é o redutor do benefício.

Por que foi criado?
O fator previdenciário foi criado em 1999 para conter os gastos da Previdência Social, que já ultrapassavam a arrecadação.

Um estudo da Câmara dos Deputados estima que desde 2000, ano em que entrou em vigor, até o final de 2011, o fator previdenciário tenha gerado uma economia em torno de R$ 55 bilhões para os cofres do governo.
Como funciona?
O fator previdenciário é composto por uma fórmula complexa, que se baseia na idade do trabalhador, tempo de contribuição à Previdência Social, expectativa de sobrevida do segurado e um multiplicador de 0,31.

O que pode mudar?
A proposta aprovada no Congresso é conhecida como sistema 85/95, no qual a mulher poderia ter aposentadoria integral quando a soma do tempo de contribuição e da idade fossem 85 e o homem poderia obter o benefício quando a mesma soma fosse 95.

Para professoras, de acordo com a emenda, a soma deve ser 80 e para professores, 90. Se o trabalhador decidir se aposentar antes, a emenda estabelece que a aposentadoria continua sendo reduzida por meio do fator previdenciário.
Quem decidir se aposentar antes de completar esse tempo, continua se aposentando da mesma forma atual, com aplicação do fator previdenciário.
Quais os efeitos da mudança?
O principal benefício da mudança do favor previdenciário é para o trabalhador, que começa a trabalhar mais cedo e que, portanto, atinge o tempo de contribuição antes da idade mínima para aposentadoria.

Mudanças no fator, no entanto, podem prejudicar as contas públicas, que já se encontram em situação delicada.
Exemplo
Uma mulher de 47 anos de idade, que completou 30 anos de contribuição, ao se aposentar pela regra atual teria uma redução de quase 50% no valor da sua aposentadoria. Para conseguir 100% do valor, ela teria que trabalhar pelo menos mais 12 anos.

Se a regra aprovada pela Câmara entrar em vigor, ela teria que trabalhar mais 4 anos para ter direito a 100% do benefício, quando a soma da sua idade (51) mais seu tempo de contribuição (34) alcançar os 85.
Fonte: http://g1.globo.com/economia/seu-dinheiro/noticia/2015/06/entenda-o-fator-previdenciario-e-o-que-pode-mudar-na-aposentadoria.html

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Acrobatas se casam durante volta ao mundo e fazem álbum em 11 países

O casal de acrobatas Cheetah Platt e Rhiann Woodyard no Egito (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
O casal de acrobatas Cheetah Platt e Rhiann Woodyard no Egito (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
Local da cerimônia: ao redor do mundo. O convite virtual de casamento dos americanos Cheetah Platt, de 30 anos, e Rhiann Woodyard, de 32, diz tudo.
O casal de acrobatas profissionais pegou o dinheiro que usaria para fazer uma festa em sua cidade natal, localizada na Califórnia, e resolveu usá-lo para fazer uma viagem pelo mundo.
Cheetah e Rhiann Woodyard são acrobatas profissionais e se casaram nos 6 continentes (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
Cheetah e Rhiann Woodyard são acrobatas profissionais e se casaram nos 6 continentes (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
Eles percorreram 11 países nos seis continentes, e fizeram mais de 40 cerimônias simbólicas de casamento. Em cada uma delas, tiraram fotos vestidos de noivos – e com poses que mostram as habilidades acrobáticas de ambos.
Entre os destinos, Colômbia, Espanha, Marrocos, Quênia, Tailândia, Austrália e ilhas Fiji. Eles se casaram até no ar, dentro de um avião.
A foto mostra o primeiro casamento da dupla, que foi na Colômbia (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
A foto mostra o primeiro casamento da dupla, que foi na Colômbia (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
O casal começou a volta ao mundo em fevereiro e terminou no fim de abril. Durante a viagem, deram aulas, treinaram e fizeram acrobacias em dupla em vários cenários. Ao voltar aos EUA, eles fizeram uma última cerimônia na Times Square, em Nova York, que foi transmitida para milhões de pessoas pelo programa de TV “Good Morning America”.
'Aventura'
Cheetah e Rhiann Woodyard em dois de seus casamentos pelo mundo (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
Cheetah e Rhiann Woodyard em dois de seus casamentos pelo mundo (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
 Cheetah diz que conheceu a mulher em uma aula de acrobacias, em 2013. “Nós nos apaixonamos treinando juntos”, contou ao G1Ele diz que os dois queriam “experimentar o mundo, viajar e dividir uma aventura que duraria uma vida toda”.
O casal se conheceu durante uma aula de acrobacia (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
O casal se conheceu durante uma aula de acrobacia (Foto: Cheetah Platt/Arquivo pessoal)
“Sabíamos que nos casar ao redor do mundo seria uma experiência mais significativa para nós do que um casamento tradicional de um dia”, afirmou. Segundo ele, a viagem foi “a aventura mais incrível” de sua vida. “Foi absolutamente maravilhosa”, finalizou.
As aventuras do casal foram registradas em suas páginas no Facebook e no Instagram.
Flávia Mantovani  / Do G1, em São Paulo