sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O verde no vermelho - O dia em que ultrapassamos os limites do planeta


Por Márcia Pimenta, jornalista e articulista do Portal EcoDebate

Todos nós já estamos cansados de saber que, para a maior parte dos trabalhadores, o salário não consegue chegar até o fim do mês. Cada vez tá mais difícil fechar as contas e não entrar no vermelho. Para o planeta Terra a coisa também não está nada boa. Todos os anos, desde os anos 80, o planeta vê seu estoque natural previsto para durar um ano, acabar muito antes.

Este ano esse dia chegou em 20/08 e até o final do ano estaremos usando recursos que estavam provisionados para o ano seguinte. Atingimos o limite da Terra consumindo recursos numa velocidade 50% maior do que a sua capacidade de se recompor. Para que as contas do planeta e os hábitos de consumo de seus moradores fechassem, seriam necessários 1.5 planetas. Impossível!

A dívida ecológica que vem se acumulando se manifesta de várias formas e a mais comentada é o aquecimento global, mas a degradação ambiental do planeta apresenta outras faces como a desertificação, perda de solo, poluição das águas, diminuição do estoque pesqueiro, buraco na camada de ozônio, contaminação de alimentos e da água por fertilizantes e agrotóxicos, entre outros. Mundialmente estas questões tendem a ser observadas como problemas ambientais, quando na verdade trata-se da falta de uma perspectiva sustentável para o desenvolvimento.

Para avaliar até que ponto nossos impactos e consumo já ultrapassaram os limites, Willian Rees e Mathis Wackernagel criaram o conceito da pegada ecológica que busca revelar quanto de área produtiva de terra e de mar do planeta é necessário para prover os recursos e assimilar os resíduos gerados pelas atividades humanas.

Em 1961, a humanidade usava 70% da capacidade produtiva da Terra. Porém com o crescimento populacional a partir dos anos 80 e o consequente aumento do consumo, a capacidade do planeta em fornecer os recursos necessários para as atividades humanas começou a mostrar-se insuficiente. Por volta de 1999 já consumíamos 25% a mais do que a capacidade de regeneração do planeta. Em outras palavras, o planeta precisaria de um ano e três meses para gerar os recursos usados pela humanidade num único ano. Dessa forma, criamos um déficit insuportável para as gerações futuras.

Estudos constataram que a área produtiva disponível a cada habitante do planeta é 1,8 hectares (ha), mas hoje os americanos já usam mais do que o quíntuplo, ou seja, 9,71ha. Como será possível equacionar esta questão, se os países do sul, em desenvolvimento, ainda precisam satisfazer necessidades básicas do seu povo, em um planeta que usa recursos naturais além da sua capacidade de regeneração? Optarão os países mais ricos por um decréscimo no crescimento em solidariedade àqueles que não têm atendidas necessidades básicas como alimentação, saúde, saneamento e educação? Dificilmente...

Apesar da pouca visibilidade, o cálculo pegada ecológica oferece uma boa pista para entender como países e indivíduos utilizam seus recursos naturais. Individualmente podemos pressionar nossos governantes a adotarem posturas que fortaleçam a sustentabilidade em seus processos produtivos e também calcular como nosso estilo de vida impacta negativamente a capacidade da oferta de serviços ambientais pelos ecossistemas.

Quer saber qual é a sua "pegada"? Acesse.

Fonte: EcoDebate via biologia na Rede

Consumo ultrapassou capacidade de renovação que a Terra poderia oferecer em 2013



A cota de recursos naturais que a natureza poderia oferecer em 2013 se esgotou no último dia 20 de agosto. A data, inclusive, assinalou o Dia da Sobrecarga da Terra, marco anual de quando o consumo humano ultrapassa a capacidade de renovação do planeta. O cálculo foi divulgado pela Global Footprint Network (Rede Global da Pegada Ecológica), organização não governamental (ONG) parceira da rede WWF.

O levantamento compara a demanda sobre os recursos naturais empregados na produção de alimentos e o uso de matérias-primas com a capacidade da natureza de regeneração e de reciclagem dos resíduos, a chamada pegada ecológica (medida que contabiliza o impacto ambiental do homem sobre esses recursos). Em menos de oito meses, o consumo global exauriu tudo o que a natureza consegue repor em um ano e, entre setembro e dezembro, o planeta vai operar no vermelho, o que causa danos ao meio ambiente.

De acordo com a Global Footprint Network, à medida que se aumenta o consumo, cresce o débito ecológico, traduzido em redução de florestas, perda da biodiversidade, escassez de alimentos, diminuição da produtividade do solo e o acúmulo de gás carbônico na atmosfera. Essa sobrecarga acelera as mudanças climáticas e tem reflexos na economia.

Segundo os cálculos dessa contabilidade ambiental, a Terra está entrando “no vermelho da conta bancária da natureza” cada vez mais cedo. No ano passado, o Dia da Sobrecarga ocorreu em 22 de agosto. Em 2011, em 27 de setembro.

Para o diretor executivo da Conservação Internacional, André Guimarães, a humanidade vai pagar a conta desse consumo excessivo na forma de perda de qualidade de vida, de mais pobreza e doenças, caso não mude esse quadro. “Esse ritmo de consumo no longo prazo vai culminar na exaustão dos recursos naturais. Estamos colocando nossa qualidade de vida e nosso futuro em risco. Se consumirmos em excesso a natureza, em algum momento vamos ter que pagar essa conta na forma de poluição, doenças, água menos disponível para nosso desenvolvimento e nosso uso, pobreza e falta de alimentos”, disse Guimarães.

Para o ambientalista, o desafio para as nações é achar uma maneira de se desenvolver reduzindo a demanda pelo capital natural. “Assim conseguimos fechar a equação de meio ambiente preservado e economia sustentável”.

Segundo pesquisas da Global Footprint Network, os atuais padrões de consumo médio da humanidade demandam uma área de um planeta e meio para sustentá-los. As projeções indicam que se o estilo de vida continuar no ritmo atual, o homem precisará de duas Terras antes de 2050.

Estudos da ONG internacional mostram que, no início da década de 1960, a humanidade empregou somente cerca de dois terços dos recursos ecológicos disponíveis no planeta. Esse panorama começou a mudar na década seguinte, quando o aumento das emissões de gás carbônico e a demanda humana por recursos naturais passaram a exceder a capacidade de produção renovável do planeta.

Atualmente, mais de 80% da população mundial vivem em países que usam mais recursos do que seus próprios ecossistemas conseguem renovar. Os países devedores ecológicos já esgotaram seus próprios recursos e têm de importá-los. No levantamento da Global Footprint Network, os japoneses consomem 7,1 vezes mais do que têm e seriam necessárias quatro Itálias para abastecer os italianos.

Nesse panorama traçado pela Global Footprint Network, o Brasil aparece ao lado das nações que ainda são credoras ambientais, com reservas naturais abundantes. Esse quadro, porém, está mudando. O presidente da ONG, Mathis Wackernagel, lembra que o país tem uma grande riqueza natural que está sob pressão devido ao aumento populacional e aos padrões de consumo. “O Brasil precisa reconhecer sua riqueza e como pode usá-la sem gastá-la. O capital natural vai se tornar cada vez mais importante em um mundo com restrições de recursos”, disse Mathis, que enfatiza a importância de se investir em energia solar e eólica. 

Segundo o diretor executivo da Conservação Internacional, o Brasil ainda tem abundância de capital natural e espaço para crescer. “Os países desenvolvidos já ultrapassaram o limite de consumo de matérias-primas naturais. Se todos os habitantes da Terra tivessem o mesmo padrão de consumo dos norte-americanos, nós íamos precisar de quase cinco planetas para dar conta das demandas da população. O padrão de consumo dos países desenvolvidos desorganiza essa balança e o Brasil está na posição intermediária caminhando a passos largos para ser um alto consumidor de capital natural”, declarou André Guimarães.

Para ambientalistas, a sociedade precisa repensar seu estilo de vida. Nesse contexto, dizem, a educação e a informação são instrumentos importantes para uma mudança de valores. De acordo com a secretária-geral do WWF-Brasil, Maria Cecília Wey de Brito, cidadãos e governos têm papel fundamental na redução dos impactos do consumo sobre os recursos naturais. “Políticas públicas voltadas para esse fim, como a oferta de um transporte público de qualidade e menos poluente, construção de ciclovias e o estímulo ao consumo responsável são essenciais para reduzir a pegada ecológica”, disse Maria Cecília.

Ela lembra que as pessoas podem fazer sua parte. Reduzir o desperdício de água e energia, o consumo de carne bovina e de alimentos altamente processados, usar mais transporte coletivo e adquirir produtos certificados são algumas das atitudes recomendadas.

“É importante que as pessoas se lembrem de que qualquer desperdício de energia, por menor que pareça, está sendo feito às custas do planeta ao gastar mais combustível fóssil. Podemos fazer nossas escolhas lembrando que a Terra é finita, como é a nossa conta no banco. A gente só tem esse planeta, por que não cuidar dele?”, ressaltou a secretária-geral do WWF-Brasil.

Fonte: Agência Brasil via Biologia na Rede

Novo radar promete monitorar desmatamento na Amazônia com maior precisão



Até o final do ano, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) vai colocar um radar em operação para detectar as áreas de desmatamento na Amazônia com mais precisão. Com o uso da ferramenta, a cobertura de nuvens não irá mais restringir o trabalho de monitoramento. A promessa é de controlar 90% das áreas de risco de degradação.

O radar vai ficar a bordo do Alos 2, que será lançado pela agência espacial japonesa Jaxa, parceira do Brasil. E vai trabalhar com uma frequência chamada Banda L, adequada para a detecção do início do desmatamento. O radar capta mais áreas de desmatamento e degradação, pois sua capacidade não se limita com o aparecimento de nuvens. No caso do Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter), via satélite, a vigilância é feita com clareza em épocas de seca. Quando chove, o controle é mais difícil e o processo de entrega da relação de dados é mais longo. O atraso também influencia negativamente qualquer tentativa de controle do desmatamento.

Segundo reportagem do portal Terra, o Deter começou a operar em 2004 e os sensores utilizados desde então já estão obsoletos. "O satélite tem uma resolução fixa de 250 metros de distância. Caso ele tente fazer mais que isso, há uma perda total da qualidade das imagens. Por isso, resolvemos utilizar o radar", disse Dalton Valeriano, coordenador do novo sistema. Para ele, o Deter é "inconfiável para o mapeamento anual". O radar seria um complemento para o satélite já existente.

Alberto Veríssimo, pesquisador e cofundador do Imazon, acredita que a utilização do radar não deve frear o desmatamento. "Pelas análises do Sad [sistema parecido com o Deter], a estimativa é de que o desmatamento aumente em 80% nos próximos anos. Mas o Brasil está com a luz de alerta ligada. O país ainda tem instrumentos para controlar esses números. É importante que o governo corrija algumas falhas que cometeu do ano passado para cá para que a redução contínua do desmatamento seja uma realidade", comentou Veríssimo ao se referir ao aumento da destruição recente da floresta depois do anúncio do menor índice, em 2012, desde o início do monitoramento.

O coordenador do novo sistema de monitoramento se mantém otimista e acredita que as novas tecnologias serão capazes de vigiar com eficiência a floresta. "Para o futuro, os sistemas vão estar mais aprimorados e com uma captação bem maior. Se todos os satélites estiverem em funcionamento, pode haver uma abrangência total das áreas não observadas. E nós estamos nos adaptando para acompanhar essa evolução", pontuou.

Fonte: AMDA via Biologia na rede

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Neve chega a 30cm e suspende aulas em São José dos Ausentes

Neve é registrada em São José dos Ausentes, nos Campos de Cima da Serra, RS (Foto: Divulgação/Prefeitura de São José dos Ausentes)
Neve é registrada em São José dos Ausentes (Foto: Divulgação/Prefeitura de São José dos Ausentes)
Em um dos 25 municípios em que foi registrada neve no Rio Grande do Sul, o gelo mudou as paisagens e mudou a rotina. Em algumas regiões de São José dos Ausentes, nos Campos de Cima da Serra, a camada de neve chegou a 30cm. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) confirmou o fenômeno no local e a mínima de -1,3°C. Por causa do fenômeno, as aulas na cidade foram suspensas nesta terça-feira (27).De acordo com a Secretaria de Turismo da cidade, não nevava tanto em Ausentes há pelo menos 15 anos. Os flocos  caíram sem parar por quase oito horas e se acumularam nas árvores, nos campos e dificultaram até a alimentação dos animais, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS TV.
"Não tem como o gado pastar, ele só vai bater na grama e estragar. Hoje foi bem atípico, hoje ganhamos de São Joaquim (SC)", brinca o taxista José Morais. A mudança na paisagem transforma até os moradores em turistas. "É muito divertido. Todo mundo quer fazer bola de neve e se divertir", diz a doméstica Elisabeth Gauer.
Neve é registrada em São José dos Ausentes, nos Campos de Cima da Serra, RS (Foto: Divulgação/Prefeitura de São José dos Ausentes)
Em alguns pontos, neve acumulada chegou a 30cm (Foto: Divulgação/Prefeitura de São José dos Ausentes)
Frio afetou todo o Rio Grande do Sul
Também foram registradas temperaturas negativas em Santiago, na Região Central (-0,9°C) e Quaraí, na Fronteira Oeste (-0,7°C). Lagoa Vermelha, no Norte, teve 0°C com sensação térmica de -5°C. Alegrete, na Fronteira Oeste, teve 1,5°C com sensação de -4°C, e Bento Gonçalves, na Serra, registrou 1,5°C com sensação de -3°C.
O Instituto Somar apontou registros de neve em 25 cidades, nas regiões da Serra, nos Campos de Cima da Serra, no Vale do Taquari, no Norte e no Nordeste do estado. Já o Inmet confirmou o fenômeno apenas em cidades onde há estações manuais: Caxias do Sul, na Serra; Lagoa Vermelha, no Norte; Bom Jesus e Cambará, nos Campos de Cima da Serra.
Segundo o instituto, há registros de neve em outras cidades. No entanto, só serão confirmados oficialmente dados de municípios onde há estações manuais. No início da manhã, as estações automáticas não funcionaram devido a uma falha.
Confira as cidades com registros de neve
Antônio Prado
Arvorezinha
Bom Jesus
Cambará do Sul
Canela
Caxias do Sul
Erechim
Farroupilha
Flores da Cunha
Fontoura Xavier
Gramado
Ibiraiaras
Ibirubá
Ipê
Itapucá
Lagoa Vermelha
Nova Pádua
Nova Prata
Parai
Sananduva
São Francisco de Paula
São Marcos
Vacaria
Veranópolis

Fonte:G1

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Operário passa por cirurgia para remover coração da barriga

Com ajuda da mídia, Rongming consegue arrecadar dinheiro para procedimento cirúrgicoReprodução/Daily Mail
Huang Rongming, que mora em Henan, na China, passou por uma cirurgia para corrigir um defeito cardíaco: seu coração foi desenvolvido no abdome. As informações são do site Daily Mail desta quinta-feira (22).
Durante 24 anos, o operário viveu com uma condição chamada deslocamento cardíaco congênito raro — anomalias físicas presentes ao nascimento, causadas por deficiências nutricionais, radiação, drogas, álcool, certos tipos de infecção, doenças maternas, traumatismos e distúrbios hereditários.
O coração do rapaz podia ser visto por meio de uma fina camada de pele de sua barriga.
Segundo os médicos, Rongming precisava passar por uma cirurgia, pois essa condição piora a saúde da pessoa rapidamente. Sem poder arcar com os procedimentos para colocar seu coração na caixa torácica, a mídia relatou toda a sua história e, em apenas seis dias, o rapaz conseguiu arrecadar o dinheiro da operação.
— É um sonho se tornando realidade. Agora vou levar uma vida normal como todos os outros.
Em dez horas, a equipe médica conseguiu colocar o coração no lugar correto e o procedimento foi totalmente bem-sucedido.
— Agora sou normal, graças às pessoas que me ajudaram.
Fonte:R7

Água em pó, grande promessa contra seca

Pesquisadores estão desenvolvendo um tipo de água em pó, que promete agir contra a seca em diversas regiões do mundo. Dez gramas do novo produto equivalem a um litro de água.
650694 Saiba mais sobre a água em pó grande promessa contra seca 2 Saiba mais sobre a água em pó, grande promessa contra secaA água em pó promete ajudar a agricultura a poupar água e superar as secas. (Foto:Divulgação)
CHUVA SÓLIDA: A SOLUÇÃO PARA A IRRIGAÇÃO
De acordo com a Organização das Nações Unidas, a agricultura usa 92% da água doce do mundo. Este consumo transforma o cultivo de alimentos e outros produtos quase que insustentável. A ONU constatou também que os países que mais consomem água no planeta são Estados Unidos, China, Índia e Brasil.
A água em pó, que foi denominada chuva sólida, espera superar o desafio global de cultivar plantas em condições áridas. A ideia está despertando o interesse de muitos produtores rurais e empresas, principalmente depois que a ONU afirmou que a maior parte da água usada no planeta vai para a irrigação.
A chuva sólida é capaz de absorver uma enorme quantidade de água e tem ainda a capacidade de liberar o líquido aos poucos para irrigar o solo. Desta forma, as plantas são capazes de sobreviver mesmo nas condições extremas da seca.
UM NEGÓCIO DE SUCESSO
 Saiba mais sobre a água em pó, grande promessa contra secaA chuva sólida é fabricada no México. (Foto:Divulgação)
descoberta da água em pó começou em 1970, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos desenvolveu um produto superabsorvente feito com um tipo de goma. O engenheiro mexicano Sérgio Jesus Rico Velasco, no entanto, descobriu o potencial da substância para reter água no solo.
Fonte: Mundo das tribos

sábado, 17 de agosto de 2013

IMPACTANTE: Testemunho de ressurreição – Bianca Toledo

Um dos testemunhos de cura divina mais impactantes que tive conhecimento nos últimos anos. Não deixe de conhecer o milagre que Deus realizou na vida de Bianca Toledo.
Abaixo segue uma porção do testemunho e algumas fotos. Ao fim do texto você terá acesso a um vídeo em que ela conta parte de sua história. São quase 3 horas de testemunho, mas que posso garantir que serão muito bem .
Em tempos de descrença como os nossos, testemunhos como este nos lembram que o nosso Deus permanece o mesmo, pois n’Ele não há sombra de variação.

"O SENHOR é o que tira a vida e a dá; faz descer à sepultura e faz tornar a subir dela" (1Sm 2:6).

Em Cristo,
Rafael de Lima


Testemunho

Sempre tive o sonho de ser mãe...
Porém na adolescência descobri uma endometriose, que, na época, foi tratada, mas ainda assim me impedia de engravidar.
GESTAÇÃO - Há dois anos e meio atrás
















Mudei para o Rio de Janeiro no início de 2010 e descobri a maravilhosa surpresa: a maternidade, a maior emoção de minha vida. Finalmente meu sonho havia se realizado!
Logo nos primeiros meses, soube que esperava um menino e o gerava sabendo que seria um profeta para as nações. Por oito meses dediquei-me integralmente à saúde e aos preparativos para receber a minha herança.
Na 36ª semana, 15 dias antes da data agendada para o parto, acordei com uma dor abdominal aguda, acreditando que chegara a hora de ter o bebê. Corremos para a maternidade, e, chegando lá, não eram sinais de parto, algo havia acontecido e ninguém sabia o que era. Fui transferida de hospital, e novamente aguardava um diagnóstico, piorando dia a dia.
A Igreja Batista Central da Barra, minha igreja, levantou um clamor junto às igrejas de todo o Brasil através das redes sociais e toda minha família veio para o Rio de Janeiro para acompanhar tudo de perto.
Envaginação intestinal com ruptura e necrose

















José Vittorio nasceu no dia 11 de outubro, mas eu já estava inconsciente no parto e não pude conhecer meu filho. Meu organismo entrou em choque logo após o parto e fui submetida imediatamente a uma cirurgia que confirmou: meu intestino havia se rompido e eu tinha uma sepcemia generalizada. Todo meu organismo havia sido infectado e a minha vida ficou por um fio.
Meu filho foi para UTI Neonatal, e 10 dias depois para casa. Eu permaneci 52 dias em coma lutando diariamente pela vida, desenganada pelos olhos naturais, visto que já havia passado por 10 cirurgias no abdomem e no pulmão, feito mais de 300 transfusões de sangue, tido duas paradas cardíacas – uma de mais de 8 minutos – e contraído inúmeras bactérias hospitalares, inclusive a pior delas, a super bacteria multi-resistente chamada KPC.
Septicemia aguda com falência múltipla de órgãos
Coma de 52 dias e 130 dias de UTI
Inúmeros antibióticos fortíssimos foram ministrados, me deixando desfigurada e com um de edema generalizado. Os sistemas cardiovascular, respiratório e renal estavam falidos. A única esperança era um verdadeiro milagre.
Os boletins médicos eram divulgados na internet diariamente e igrejas de todo o Brasil e de fora dele, se uniram em um clamor incessante pela minha vida.
Havia um  de oração de 24 horas preenchido por muitas pessoas que não me conheciam, mas foram levantadas a orar por mim.
Muitos pastores e ministros me visitavam no  de Tratamento Intensivo (CTI) e lutaram pela minha vida, crendo no poder da ressurreição.
Lesão neurológica permanente/150kg de anasarca
Contaminação por KPC e muitas outras bacterias hospitalares
Parada cardiorrespiratória de mais de 20 minutos



















Minha pastora, Fernanda Brum, esteve presente em todo o tempo em contato com o Renato, pai do José Vittorio, e com a minha família levantando um clamor pela minha vida em todos os lugares por onde passava com seu ministério, Profetizando às Nações. Eles, definitivamente, não abriram mão da minha vida.
Graças a união das igrejas tivemos a maior campanha de doação de sangue do estado do Rio de Janeiro.
Enquanto as pessoas oravam por mim, vidas eram transformadas e milagres aconteciam por todo o Brasil.
No início de dezembro, sai do coma, mas minha respiração era mecânica e não havia mais movimentos em meu corpo. Eu somente mexia os olhos e tentava entender o que havia acontecido comigo. A luta pela vida continuava, mas agora eu estava consciente e, por esse motivo, a angústia de minha família era maior.
Aos poucos comecei a entender o que havia acontecido, sabia que agora estava só, meu bebê não estava mais comigo. Estava presa em um leito, sem poder falar, sem me mexer, com muitas lembranças dos dias de coma, com febres terríveis, longe de todos e com poucas horas de visita familiar por dia. Na maior parte do tempo, observando o movimento do CTI, sem imaginar como um dia minha vida voltaria ao normal, já que nem respirar sozinha eu podia. As horas passavam os dias passavam e eu permanecia ali, na mesma posição.
Despertou do coma aprisionada em seu corpo


















Todos que iam me visitar se impressionavam a me ver daquela  e muitos não continham as lágrimas. Minha aparência e meu diagnóstico eram um desafio de fé para os mais fervorosos irmãos de oração.
Passei o natal e o ano novo no leito, sem falar, sem me mexer, pensando que havia uma vida lá fora, meu filho estava em algum lugar e eu estava ali ha meses, a espera de um milagre. Eu pedia ao  Santo que ficasse comigo, e foi Ele que me sustentou em todos os momentos, zelando cuidadosamente por mim.
A pastora Fernanda havia deixado um MP4 que tocava louvores e ministrações da  24 horas ao dia. E eu era alimentada por isso.
Havia uma guerra pela minha vida, isso é um fato. Mas Deus não desistiu de mim. O clamor não cessava e, no fim do ano, o desejo do coração de muitos era me ver curada e de  a vida, com a oportunidade de conhecer meu filho e poder criá-lo.
Fui transferida novamente de hospital em 31 de dezembro, quando suspenderam todos os medicamentos, meu organismo surpreendentemente reagiu.
Dia a dia comecei a apresentar melhoras e ouvir os testemunhos de oração que chegavam até mim. Comecei a acompanhar o movimento pela internet, mas ainda não falava e nem tinha perspectiva de voltar a andar ou mesmo ficar em pé.
4 meses e meio sem falar ou deglutir
e aos poucos reaprendendo a comer

















Fazia seis horas de hemodiálise por dia, perdi meu cabelo e aos poucos ficava livre do respirador. Havia grandes feridas abertas no meu abdome, sem perspectiva de fechar e todos os dias eram buscados métodos de drenagem e cicatrização. Fui para um CTI semi-intensivo onde minha família pode passar mais tempo e o Renato dormia comigo, o que me ajudou muito, muito mesmo.
Eu me comunicava através de um quadro com , onde apontava e formava frases, que na maioria das vezes diziam: Tenho fome, tenho sede.
Estava há meses sem um gole de água e sonhava com o dia em que voltaria a ingerir alguma coisa. Vivemos milagres diários, vencemos as bactérias e o respirador.
Meu rim estava fadado à hemodiálise definitiva ou um transplante e voltou a funcionar na última semana, me fazendo vencer também a hemodiálise.
Alta do CTI
Recebi alta no dia 18 de fevereiro conseguindo ficar em pé e dando poucos passos apoiada, mas com a maior expectativa de finalmente ver meu filho, que já tinha quase cinco meses. Quando cheguei em casa, olhei para ele e ele sorriu pra mim, talvez um dia eu consiga explicar o que senti naquele momento. Eu ainda não podia tocá-lo, e permaneci assim por mais 40 dias. Não podia ser tocada por ninguém, por causa da colonização das bactérias.
Conheceu seu filho com quase 6 meses
e o tocou pela primeira vez com 7 meses
Minha reabilitação foi intensa, porque ainda não caminhava, usava uma bolsa de colostomia, e era totalmente dependente. Minha voz era muito baixa e rouca, por tantos meses sem falar.
Tive que vencer inúmeros conflitos diários. Reaprendi a vida nos mínimos detalhes. A perda dos cabelos, a perda da voz, as inúmeras marcas no meu corpo, a construção do vínculo com meu filho.
6 meses de alta, pra surpresa dos médicos
voltou a andar e o cabelo crescia
Teremos muitas oportunidades de falar sobre tudo isso, porque são experiências muito preciosas que tive e tenho tido com Deus. Estou registrando tudo isso em um  [já lançado].
Hoje eu posso dizer que haverá dias sem respostas, noites longas também, mas o regente de todas as coisas compõe uma nova canção no silêncio.
Fistula Abdominal totalmente fechada
após dois anos, sem cirurgia
Devo muito ao clamor da igreja, às campanhas de doação de sangue: à união do povo de Deus. Sou a prova viva de que Deus ouve a oração do seu povo e tem poder pra ressuscitar os mortos, Ele é poderoso para dar, tirar e voltar a dar. Ele simplesmente É. Em cinco meses de reabilitação de forma surpreendente estou , voltando à vida normal. Que certamente nunca mais será a mesma.
Preparando minha voz com uma fonoaudióloga e ainda seguindo com a fisioterapia. Existe um ainda para a recuperação total, mas é um caminho glorioso e cheio de milagres. Por onde passo as pessoas são tocadas por esta historia terrivelmente transformadora.
E hoje eu preciso dizer ao mundo que Deus existe, envergonha a incredulidade, surpreende a ciência e eu sou a prova viva do Seu poder.