segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Redação do Enem 2015 'plantou uma semente', diz Maria da Penha

A ativista cearense Maria da Penha conversou com o G1 sobre a redação do Enem 2015, que abordou a violência contra a mulher (Foto: Divulgação/Instituto Maria da Penha)
Enquanto 5,7 milhões de candidatos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) redigiam, na tarde deste domingo (25), uma redação com base na lei que leva seu nome, a farmacêutica e ativista cearense Maria da Penha Maia Fernandes, de 70 anos, era uma das cinco pessoas homenageadas no centenário da Editora Paulinas, no Recife. Foi durante esse evento que ela descobriu o tema da prova de redação do Enem 2015, da boca de uma das candidatas da prova.
"Uma menina que tinha feito o Enem se aproximou de mim, pediu uma foto e falou: 'a senhora soube que a redação foi sobre a Lei Maria da Penha?'", contou ela, em entrevista por telefone aoG1, nesta segunda (26).
"Fiquei feliz, o tema realmente está na boca do povo agora. Plantou uma semente", explicou Maria, que é de Fortaleza e, em 1983, ficou paraplégica depois de seu marido tentar assassiná-la com um tiro nas costas, enquanto ela dormia. O agressor foi condenado, mas foi solto depois de cumprir parte da pena. Hoje está livre.
tema da redação do Enem 2015 foi "a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira", e provocou polêmica nas redes sociais.
A ativista afirma que não parou para pensar na quantidade exata de pessoas que fizeram a prova de redação, mas diz que ele é "muito significativo", e um sinal de que "a lei está sendo comentada e conhecida na vivência de cada um e também na escola, porque despertou nas pessoas a necessidade realmente de conhecer o funcionamento da lei, e de entender mais profundamente a situação".
Propostas sugeridas
Maria da Penha elogiou o conteúdo dos textos de apoio da prova de redação, que levantaram uma série de dados sobre a violência contra a mulher: números históricos sobre assassinatos de mulheres, tipos de violências mais denunciados no Disque 180, que, segundo o levantamento divulgado na prova, já recebeu 237 mil relatos de agressão contra mulheres, a questão sobre o feminicídio e estatísticas sobre a aplicação real da Lei Maria da Penha, que está perto de completar dez anos.

"Foram muito felizes os tópicos, deu um direcionamento no que o aluno pode escrever, e realmente o poder público precisa estar mais presente para que a lei funcione com mais rapidez e as mulheres possam evitar o assassinato de mulheres", comentou ela, destacando um dos números apresentados na prova, o de que apenas 33% dos casos denunciados entre 2006 e 2011 chegaram a ser julgados.
Trecho da prova de redação do Enem 2015. Tema foi 'a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira (Foto: Reprodução/Inep)
Trecho da prova de redação do Enem 2015. Tema foi 'a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira (Foto: Reprodução/Inep)
Ao fazer o exercício de sair do papel de "rosto da lei de combate à violência contra mulheres", e se colocar no lugar dos estudantes que fizeram o Enem, Maria da Penha contou ao G1 que sua proposta de intervenção social teria duas frentes: a educação e as políticas públicas.
"[Minha proposta] seria a de investir na educação para conscientizar as pessoas de que as mulheres, em seus relacionamentos, têm que ter seus direitos humanos respeitados. A educação trabalha nesse sentido, do respeito ao outro", explicou ela. "E também que haja uma mudança da cultura machista, com a criação das políticas públicas onde a mulher possa denunciar, possa ser protegida, e o seu agressor possa ser punido. A finalidade da lei é exatamente punir o agressor. A gente não quer punir o homem, a gente quer punir o homem que não respeita sua mulher."
A candidata pernambucana do Enem que lhe deu a notícia do tema da redação comemorou o assunto da prova, que ela já conhecia. Mas a ativista explicou que mesmo estudantes que não estão próximos do tema puderam aproveitar a riqueza dos dados apresentados nos textos de apoio, que deram "um apanhado geral da gravidade do caso".
Lei sozinha 'não sai do papel'
Com a vida pessoal "praticamente inexistente" em nome da luta para "tirar a lei do papel" em todo o país, Maria, que fundou o Instituto Maria da Penha para atuar na área, conta que passou a viajar muito pelo Brasil, e se deparou com muitos municípios onde os políticos não têm interesse em garantir o apoio do poder público às mulheres vítimas de violência.

"Têm municípios que estão bem estruturados, e a população está cada vez mais consciente, mas infelizmente a cultura machista ainda interfere em muitos municípios, na falta de políticas públicas, falta de interesse dos políticos para que a lei funcione de verdade, que saia do papel."
O motivo final de comemoração pela abordagem do tema pelo Enem, na visão dela, são os desdobramentos que podem ir além da nota que cada candidato ou candidata vai receber no fim deste ano, após a correção das redações. "Num futuro próximo, os estudantes que ontem fizeram o Enem vão ser os profissionais que vão atender os casos previstos na Lei Maria da Penha."
Ana Carolina Moreno / Do G1, em São Paulo

Açúcar, Sódio e Sal: veja quanto você pode consumir de cada um diariamente

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Alguns ingredientes são tão presentes no cardápio diário que passam despercebidos. Mas o hábito de colocar umas pitadas de sal a mais na comida, duas colherinhas de açúcar no café ou caprichar nos temperos industrializados para garantir um sabor extra às receitas pode, com o tempo, causar problemas como hipertensão, diabetes e obesidade.
Assim, o açúcar, gordura e sódio são os principais culpados pelo apetite insaciável das pessoas por alimentos processados. As indústrias usam uma combinação dos três em um único produto para fazer com que ele seja tão saboroso e tentador quanto possível.

Quanto devo consumir de Açúcar por dia?

O açúcar está classificado por muitos especialistas de “não-alimento”, por não possuir nutrientes e até retirá-los do corpo. É, entretanto, um dos produtos mais consumidos no mundo, tendência que só faz aumentar.
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A Organização Mundial de Saúde (OMS) recentemente recomendou a redução pela metade da ingestão diária de açúcar recomendada. Essa nova recomendação limita o consumo do produto a cerca de 25 g por dia para um adulto, o equivalente a cerca de seis colheres de chá (uma lata de refrigerante possui, em média, nove colheres de chá de açúcar). Se levarmos em conta que esse limite leva em consideração todos os tipos de açúcar, inclusive os naturalmente presentes em alguns alimentos, como nas frutas, começaremos a nos preocupar em relação à quantidade de doce que estamos ingerindo e dando a nossas crianças.
Alimentos salgados podem conter grande quantidade de açúcar, contrariando o que nossas papilas gustativas nos dizem. Uma fatia de pão branco, por exemplo, pode conter até 3 g de açúcar, 12% da nova recomendação da OMS. O mais preocupante é que alimentos promovidos como saudáveis também podem esconder muito açúcar em sua constituição. O iogurte desnatado, por exemplo, geralmente leva muito açúcar para manter o sabor e a textura, quando a gordura é removida. Uma porção de 150 g de iogurte desnatado pode conter até 20 g de açúcar.
Se você gosta do sabor doce, pode optar por adoçar com o mel. Apesar de ter alto teor de glicose e frutose (75% em média), também é rico em minerais benéficos para a saúde, como magnésio, ferro, cálcio e potássio. O mel possui ainda aminoácidos, antioxidantes e vitaminas do complexo B e E, vitamina C e D.

Diferença entre Sal e Sódio

O sal de cozinha tem em sua composição sódio (Na) e Cloro (Cl), o que resulta em Cloreto de sódio (NaCl). É essa combinação de elementos que confere o sabor salgado. 10g de sal (NaCl) tem 4 g de sódio. No rótulo dos alimentos é descrito a quantidade de sódio e não de sal.
Quando o sódio está sozinho ou combinado com outros elemento pode não ter gosto de nada ou ser levemente salgado. É o que acontece com os aditivos alimentares usados na conservação dos alimentos industrializados, onde o sódio é combinado com glutamato ou outros elementos. Dessa forma, mesmo sem sabor salgado, a quantidade de sódio pode ser muito grande sem que se perceba.

Quanto devo consumir de Sódio por dia?

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Sopas enlatadas e vegetais, bem como os temperos e misturas preparadas estão entre os piores em termos de teor de sódio. Quer esteja sendo usado para dar sabor a um determinado alimentou ou para agir como um conservante, o sódio está escondido em muitas das suas comidas favoritas.
Especialistas aconselham que determinados grupos de riscos, como pessoas com pressão arterial alta, diabetes ou doenças renais, devam consumir não mais do que 1,6 g de sódio por dia. Mas os adultos saudáveis podem consumir com segurança cerca de2,3 g por dia. O excesso de consumo de sódio está ligado à pressão alta que por sua vez desempenha um importante papel no desenvolvimento de problemas de saúde como doenças cardíacas, renais, acidente vascular ou insuficiência cardíaca congestiva.
Fique longe de produtos que contenham mais de 200 mg por porção. Muitos produtos trazem no rótulo algo como “sem sal” ou “sem sódio”. Fique atento a rótulos que trazem algo como “sódio light” ou “sódio reduzido” – esses produtos podem ter baixos níveis de sódio, mas altas quantidades de sal.

Quanto devo consumir de Sal por dia?

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O sal está na mira das autoridades de saúde do Brasil. Um acordo entre o Ministério da Saúde e os representantes da indústria alimentícia determinou a redução nos níveis de sal em vários tipos de alimentos, que será implantada ao longo dos próximos anos. Isso acontece porque o sal aumenta a pressão arterial, uma doença silenciosa, que vai danificando aos poucos as nossas veias e artérias.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), deve-se ingerir entre 4 a 6 gramas de sal por dia, que corresponde a 4 ou 6 pacotinhos de sal do tipo que se encontra nos restaurantes, ou 1 colher de chá de sal, por dia, que deve ser distribuído em todas as refeições.
Fonte: hsw/saude/tuasaude/bemestar/mundoboaforma  Imagens: bluebox/psiclion/imgbuddy/capital  via Diário de Biologia

Cientistas afirmam que protetor solar está matando os recifes de corais que vivem próximos às praias movimentadas

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Apesar de o protetor solar ser uma importante defesa contra o câncer de pele, eles também apresentam seu lado obscuro. Como se já não bastasse os inúmeros problemas que os recifes de corais têm paracrescerem nos litorais pelo mundo, agora descobriu-se que o protetor solar usado por turistas que frequentam as praias está se tornando uma ameaça adicional aos recifes pelo mundo.
Desde o final dos anos 1990 que o uso do protetor solar se tornou um “acessório” indispensável para curtir uma praia. Mas mesmo com a evolução científica que estamos encarando, ainda não se conseguiu unir os benefícios do protetor solar à preservação do meio ambiente. Um estudo, publicado no “Archives of Environmental Contamination and Toxicology” mostrou que os protetores solares são ricos em oxibenzona (também conhecida como benzofenona-3). A oxibenzona é um componente comum de filtros solares que combina a capacidade de proteger contra os raios ultravioleta com a sua fácil absorção. Atualmente, vários problemas têm sido levantados sobre os efeitos deste produto na pele de seus usuários, mas até agora, a para os seres humanos é limitada. Certamente, os riscos são baixos em comparação com queimaduras solares e câncer de pele. No entanto, infelizmente, o mesmo não pode ser dito para os recifes de corais que têm sofrido com os efeitos dos protetores usados na pele dos banhistas.
A oxibenzona é encontrada em mais de 3.500 produtos de proteção solar em todo o mundo. Este produto químico polui recifes de corais através de banhistas que usam filtros solares e acabam tendo o produto dissolvido pela água salgada. Os pesquisadores examinaram o efeito da oxibenzona em sete espécies de corais criados em laboratório, e compararam a saúde química em recifes de corais na costa do Havaí, as Ilhas Virgens e Eilat, Israel. Os testes de laboratório mostraram que as doses de oxibenzona dispersas na água pelos banhistas eram suficientes para matar larvas de corais através da destruição do “esqueleto”, o que atrapalha sua locomoção. Os adultos, por sua vez, ficam extremamente estressados e expulsam as zooxantelas simbióticas que dão cor aos corais, causando um branqueamento dos corais, o que é sinal de perigo.
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A contaminação se mostrou 100 vezes nas Ilhas Virgens americanas do que no Havaí, e ainda dentro das faixas aceitáveis, algumas espécies sofreram morte celular no laboratório. Os efeitos parecem ser piores quando combinado com outras fontes de estresse, tais como calor extremo. “Perdemos pelo menos 80% dos recifes de corais no Caribe. Qualquer pequeno esforço para reduzir a poluição oxibenzona poderia significar vida longa a um recife de corais durante um verão longo e quente, ou então, que uma área degradada se recupere “, disse o professor Craig Downs do Laboratório Ambiental Haereticus, Virginia.
Os pesquisadores não aconselham que se faça mergulho em torno dos recifes, principalmente usando filtros solares, mas eles sabem que isso não vai resolver todo o problema. “A poluição por oxibenzona ocorre predominantemente em áreas de natação e também ocorre em recifes de 8-30 quilômetros da costa”, disse o pesquisador.
Fonte: iflscience  Imagens: cuidebem/portos via Diário de Biologia

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

Outubro Rosa

Todos juntos em defesa da vida contra o câncer de mama!
Imagem retirada do Google

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40 municípios do Piauí tem pessoas doentes por comerem carne de tatu

No Piauí, é comum, sobretudo nas estradas no Sul do Estado, o comércio ilegal de caças como o tatu e outros animais silvestres

Brasil247

Edição: Weslley Moreira via http://portalsrn.com.br/


Municípios do Piauí tem pessoas doentes por comerem carne de tatu
Um total de 40 municípios do Piauí já registrou mais de 100 casos de micose pulmonar, transmitida por um fungo que reside no solo. O fungo fica depositado no tatu, animal silvestre muito consumido e comercializado e que, ao ser capturado por seres humanos, transmite a doença.
“Esses casos são uma mescla, entre o manejo do tatu e escavação de poços tubulares”, explica Fabiano Pessoa, médico veterinário e responsável pelo Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
No Piauí, é comum, sobretudo nas estradas no Sul do Estado, o comércio ilegal de caças como o tatu e outros animais silvestres. O manejo e consumo do animal, além de crime ambiental, podem transmitir diversas doenças para os seres humanos.
O Ibama faz um alerta para que a população não consuma carne de tatu, que pode provocar micose pulmonar e, de acordo com pesquisas recentes nos Estados Unidos e Espírito Santo, no Brasil, os bichos são depósitos de microbio transmissor da hanseníase.
Além disso, o tatu ainda é reservatório da Doença de Chagas e de outras verminoses. No Piauí, ainda não há registros comprovados de casos de hanseníase que tenham ligação com o manejo e consumo do tatu.
“Não temos porque não há pesquisas conclusivas nesse campo ainda. Mas estamos fazendo esse alerta, justamente para que possamos nos prevenir para que casos venham acontecer”, diz Fabiano Pessoa.
Uma pesquisa desenvolvida nos Estados Unidos, pelo pesquisador Richard W. Truman, comprovou que cerca de um terço dos casos de hanseníase que aparecem a cada ano no país é resultado do contato com tatus infectados. No Brasil, um estudo semelhante foi realizado no Espírito Santo e mais de 90% dos casos analisados na rede hospitalar no Estado estavam relacionados à manipulação do tatu.
O Ibama alerta ainda sobre a existência de mais de 150 doenças que podem ser transmitidas de animais para seres humanos e vice-versa, conhecidas como zoonoses. Pelo menos 70% das doenças infecciosas, como gripe e Aids, podem ser transmitidas de animais para humanos, mas no caso da hanseníase, um aspecto diferenciado é que a transferência do bacilo pode se dá nas duas direções.
Esses animais, quando em seu habitat natural, exercem papel importante no processo de manutenção do equilíbrio ambiental, sendo pequenas as chances de transmissão de suas doenças aos seres humanos. No entanto, quando adquirido do tráfico e levado as residências, o risco de contaminação por inúmeros agentes infecciosos assume níveis elevados, devido ao contato direto entre o ser humano e animal silvestre.
As ações de combate ao tráfico são atividades cotidianas do Ibama, Polícia Ambiental, secretarias de Meio Ambiente e Polícia Rodoviária Federal. Em 2011, foram capturados e entregues voluntariamente 1689 animais. O número é superior ao ano passado, que contabilizou 1335 animais.
Desse total, a grande maioria é de aves (84%), seguidos por répteis e mamíferos. Fabiano Pessoa explica que entre as aves mais comuns estão os papagaios, periquitos, jandaia e pássaros de canto. Entre os répteis, o jabuti é o mais comum e os macacos são os mamíferos mais frequentemente capturados.
Via Blog Ambiental no Seridó

Os 7 medicamentos mais vendidos no Brasil. Veja se você faz uso de algum deles!

Muito usada pela sociedade, a automedicação é encarada de outra forma pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Saber o que fazer diante de problemas aparentemente simples pode desinflar os hospitais já saturados de pessoas. O problema é que a diferença entre “remédio” e “veneno” pode ser o mesmo princípio ativo em dosagens desproporcionais. De acordo com dados da Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas (Abifarma), a automedicação mal realizada é responsável, no Brasil, pela morte de cerca de 20 mil pessoas por ano.
O uso exagerado de qualquer medicamento pode levar a riscos. Embora sejam benéficos quando usados corretamente, podem fazer mal ao paciente em determinadas circunstâncias. O lista abaixo desenvolvida pela Hipolabor, mostra quais são os medicamentos mais vendidos no Brasil.

1- Neosoro – Descongestionante nasal

neosoro
Em 2014, esse descongestionante nasal foi o medicamento mais vendido em volume no país, quase atingindo o incrível valor de 40 milhões de unidades. Os descongestionantes nasais possuem substâncias, no caso do neosoro trata-se do cloridrato de nafazolina, que agem estimulando o sistema simpático e promovendo a vasoconstrição. Isso reduz o edema da mucosa nasal e as secreções, aliviando o sintoma de congestão.
O uso desses medicamentos, é controverso já que após algumas horas há um efeito rebote do sistema parassimpático, que provoca a congestão novamente. O paciente acaba se perdendo nesse ciclo vicioso e utilizando o descongestionante o tempo todo.

2- Dorflex – Analgésico

dorflex
O dorflex já recebeu o primeiro lugar no ranking dos medicamentos mais vendidos em anos consecutivos e nunca deixa de estar entre o top 10. Um comprimido de dorflex possui 300mg de dipirona monoidratada, 35mg de citrato de orfenadrina e 50mg decafeína anidra, lhe conferindo um grande poder analgésico e de combate à dor muscular e à cefaleia, duas queixas extremamente comuns na população.

3- Losartana – Controle da hipertensão

losartana
A losartana é o princípio ativo de um medicamento indicado para o tratamento da pressão alta e diminui a resistência dos vasos sanguíneos melhorando a circulação. Dessa forma a pressão arterial se mantêm estável, alcançando o seu efeito máximo de 3 a 6 semanas, após o início da toma do medicamento. Estudos científicos apontam que o Losartan quando utilizado em conjunto com a quimioterapia pode auxiliar no tratamento contra o câncer de mama e de pâncreas.

4- Sinvastatina – Controle de colesterol e triglicérides

sinvastatina
As estatinas são utilizadas para a redução de níveis de colesterol, LDL e triglicérides e para o aumento do HDL, sendo a sinvastatina o mais frequentemente prescrito. As dislipidemias são um grande fator de risco para doenças cardiovasculares, como infartos e acidentes vasculares encefálicos, e, quando controladas, acarretam a redução da mortalidade de pacientes com risco para essas condições. Muitas pessoas fazem uso deste medicamento para emagrecimento, no entanto, não existe nenhum estudo que comprove essa eficácia.

5- Neosaldina – Analgésico

neosaldina
Sempre entre os primeiros lugares também está a neosaldina, um dos medicamentos mais utilizados para dor de cabeça. Com isometeptenodipirona sódica e cafeína, ela consegue estimular o sistema simpático, e agir de forma antiespamódica, analgésica, anti-inflamatória e vasoconstritora,  reduzindo a vasodilatação que gera a dor de cabeça. A cafeína ajuda também a aumentar os processos cerebrais, como a concentração e o raciocínio, e ajudar o paciente a realizar suas atividades diárias.

6- Rivotril – Ansiolítico

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Esse ansiolítico vem ascendendo na lista nos últimos anos. Embora seja um medicamento de tarja preta, o clonazepam (nome comercial: rivotril) conseguiu se tornar tão popular por ser um benzodiazepínico. Essa classe de medicamentos, que inclui também o diazepam, é altamente eficaz em combater sintomas ansiosos e a insônia e não parece gerar qualquer efeito colateral no curto prazo. No entanto, o uso desse medicamento leva à dependência, devendo ser feito pelo menor tempo possível e a longo prazo está associado a síndromes demenciais.

7- Puran T4 – Controle do hipotiroidismo

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O puran T4, a levotiroxina sódica, é um medicamento de reposição hormonal para pacientes com hipotireoidismo. A dosagem desse medicamento pode varia de 25 a 200mcg e visa suprir as necessidades individuais sem provocar uma condição inversa de excesso de hormônios tireoidianos. O medicamento pode ser utilizado por pacientes de todas as idades e, inclusive, durante a gravidez.
Fonte: hipolabor/treinomestre/voxobjetiva /Diário de Biologia Imagens: farmadelivery/sanofi/iguaimix/luizpaulin/megaarquivo/pidefarma   

Fóssil revela pequeno mamífero peludo de 125 milhões de anos

 Fóssil de mamífero do período Cretáceo tinha esqueleto, pele e pelos bem preservados  (Foto: Reuters/Georg Oleschinski)
Fóssil de mamífero do período Cretáceo tinha esqueleto, pele e pelos bem preservados (Foto: Reuters/Georg Oleschinski)
Um fóssil descoberto na Espanha revelou um pequeno mamífero já extinto que viveu há 125 milhões de anos na região. Diferentemente de outros fósseis dessa idade, ele apresentava estruturas de pele, pelos e tecidos moles bem preservados. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (14) na revista "Nature".
Até o momento, esse grau de conservação só tinha sido visto em mamíferos que viveram mais de 60 milhões de anos depois do que o que foi identificado em Las Hoyas, no centro-leste da Espanha. "Havia condições muito especiais em Las Hoyas que permitiram que ele fosse tão bem preservado", disse Thomas Martin, professor de paleontologia da Universidade de Bonn, na Alemanha, e um dos autores do estudo.
A espécie, nomeada Spinolestes xenarthrosus, tinha o tamanho de um rato e características típicas de mamíferos, como pelos longos, orelha externa e uma variedade de estruturas de pele, como pequenos espinhos similares aos dos ouriços de hoje em dia.
"Essa espécie desapareceu há muito tempo, isso mostra que espinhos se desenvolveram separadamente em mamíferos em diversas ocasiões", disse Martin.
Os pesquisadores dizem que a descoberta acrescenta mais dados à compreensão da grande variedade de mamíferos que tinham se desenvolvido naquela época, 35 milhões de anos depois do aparecimento dos primeiros mamíferos.
Do G1 São Paulo
  Ilustração mostra como seria mamífero Spinolestes xenarthrosus, descoberto a partir de fóssil encontrado na Espanha  (Foto: Oscar Sanisidro/Divulgação)
Ilustração mostra como seria mamífero Spinolestes xenarthrosus, descoberto a partir de fóssil encontrado na Espanha (Foto: Oscar Sanisidro/Divulgação)

sábado, 3 de outubro de 2015

Por que o Brasil massacra 1 milhão de animais por dia em suas estradas?

Onça-parda atropelada às margens da BR-101, em uma das áreas de mata atlântica mais preservadas do país (Foto: Leonardo Bercon via BBC)
Onça-parda atropelada às margens da BR-101, em uma das áreas de mata atlântica mais preservadas do país (Foto: Leonardo Bercon/BBC)

BR-101, norte do Espírito Santo, setembro de 2015. Um caminhoneiro sente um cheiro forte e localiza uma anta - o maior mamífero terrestre brasileiro - na margem da pista, em estado avançado de decomposição.
Cinco meses antes, no mesmo trecho da rodovia, biólogos encontraram uma fêmea adulta de harpia, a maior ave de rapina das Américas, debilitada por fraturas e hematomas. Por ali, restos de retrovisor de caminhão. No mês anterior, a vítima fora uma onça-parda.
As cenas com espécies ameaçadas de extinção são um retrato de um filme que não sai de cartaz no Brasil: a matança de animais por atropelamentos em estradas.
Essa é, de longe, a principal causa de morte de bichos silvestres no país, superando caça ilegal, desmatamento e poluição. São 15 animais mortos por segundo, ou 1,3 milhão por dia e até 475 milhões por ano, segundo projeção do CBEE (Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas), da Universidade Federal de Lavras (MG).
Quem puxa a lista são os pequenos vertebrados, como sapos, cobras e aves de menor porte - respondem por 90% do massacre, ou 430 milhões de bichos. O restante se divide em animais de médio porte (macacos, gambás), com 40 milhões, e de grande porte (como antas, lobos e onças), com 5 milhões.
A situação, dizem especialistas, é o resultado natural para um país que desconsiderou os bichos ao planejar as rodovias e ainda dá os primeiros passos na adoção de medidas para minimizar os impactos das vias.
Corrida contra o tempo
"Está acontecendo uma desgraça total e não temos tempo nem de estudar o que ocorre", disse à BBC Brasil Áureo Banhos, professor do departamento de biologia da Universidade Federal do Espírito Santo.

Banhos coordena um time que monitora os atropelamentos no trecho de 25 km da BR-101 que corta uma das manchas verdes mais intactas do país. É um mosaico de 500 km² (ou um terço da cidade de São Paulo) de unidades de conservação rasgado pela pista única da via.
Um exemplo do alerta do professor: das 70 espécies de morcegos identificadas na região, 47 já foram atropeladas na estrada - e uma delas era desconhecida da ciência até então. Ao todo, 165 espécies de diferentes animais perderam a vida por ali (10 anfíbios, 21 répteis, 63 aves e 71 mamíferos) – são 50 mortes por dia apenas nesse ramo da rodovia, ou 20 mil por ano.
Essa floresta integra as reservas de mata atlântica da Costa do Descobrimento, patrimônio natural da humanidade desde 1999. Por ser um raro fragmento contínuo de mata, é o último refúgio na região para várias espécies ameaçadas, como a anta, a onça-pintada, o tatu-canastra e a harpia.
O fotógrafo Leonardo Merçon, do Instituto Últimos Refúgios, fez um trabalho de registro da Reserva Biológica de Sooretama, a maior peça do mosaico verde da região. Impressionado pelos atropelamentos, acabou se engajando nas ações de conscientização para a gravidade do problema.
Tamanduá-bandeira faz travessia por manilha construída na origem da BR-101 para escoamento de água (Foto: Joao Marcos Rosa/BBC)
Tamanduá-bandeira faz travessia por manilha construída na origem da BR-101 para escoamento de água (Foto: Joao Marcos Rosa/BBC)
"Você nem precisa de dados para ver o impacto real do problema", afirma ele. Um vídeo do instituto que registrou uma onça-parda atropelada na estrada teve mais de 1 milhão de visualizações.
Em locais como esse, a perda de um único indivíduo pode ter impacto muito grande sobre a biodiversidade. "Engenheira" dos ecossistemas, por dispersar sementes e servir de presa para grandes predadores, a anta, por exemplo, leva 13 meses na gestação (com um filhote por vez) e demora dois anos entre as concepções.
Um possível caminho para os animais cruzarem para o outro lado da via são os dutos de drenagem de água sob a pista, mas nem sempre é simples mudar os hábitos dos animais.
Pesquisador da UFES Áureo Banhos em trabalho para adaptar os dutos de água fluvial para passagem de fauna; ao alto, um morcego passa pela manilha: ao menos 47 espécies desse mamífero já foram atropeladas na rodovia
"No parque nacional Banff, no Canadá, os ursos demoraram oito anos para começar a usar esse tipo de passagem", afirma Alex Bager, coordenador do CBEE. No caso da BR-101, apenas 15% dos bichos atropelados usam as manilhas.
Ou seja, talvez seja mais fácil mudar os hábitos dos motoristas, por meio de ações como redução de velocidade, radares inteligentes que multam pela média de velocidade (e não em apenas um ponto) e placas de advertência.
A Eco-101, concessionária responsável pelo trecho da BR-101 em questão, diz que o segmento tem dois radares fixos, velocidade máxima de 60 km/h (especialistas defendem 25 km/h) e dez placas educativas. Afirma ainda promover ações de conscientização e que estuda a "ampliação dos dispositivos de segurança para os animais silvestres".
Rodovia que une a área urbana de Parauapebas, no Pará, e a Floresta Nacional de Carajás; país tem mais de 15,5 mil km de estradas cortando unidades de conservação  (Foto: Joao Marcos Rosa/BBC)
Rodovia que une a área urbana de Parauapebas, no Pará, e a Floresta Nacional de Carajás; país tem mais de 15,5 mil km de estradas cortando unidades de conservação (Foto: Joao Marcos Rosa/BBC)
Ausência de normas
A situação da BR-101 no Espírito Santo – que ainda enfrenta a perspectiva de duplicação até 2025 – é uma amostra aguda de um problema nacional. São mais de 15,5 mil km de estradas atravessando áreas de conservação.

Os pontos críticos estão por todo o Brasil. Um levantamento do Instituto de Pesquisas Ecológicas em três trechos de rodovias de Mato Grosso do Sul (1.161 km nas BRs 267, 262 e 163) entre abril de 2013 e março de 2014, por exemplo, localizou 1.124 carcaças de 25 espécies diferentes, como cachorro-do-mato (286 mortes), tamanduá-bandeira (136) e jaguatirica (7).
E não há normas nacionais específicas para a construção de rodovias que cortam reservas naturais. Tudo tramita como um licenciamento ambiental padrão.
O problema vem mobilizando a classe acadêmica no país. Paralelamente a um boom nos estudos em ecologia de estradas, há articulações institucionais em curso no Congresso e em órgãos ambientais.
Um fruto recente desse debate é o PL (Projeto de Lei) 466/2015, do deputado federal Ricardo Izar (PSD-SP), que busca tornar obrigatórias ações como monitoramento e sinalização em áreas "quentes" de atropelamentos, além da criação de um cadastro nacional de acidentes com animais silvestres.
Cruz deixada por pesquisadores em local onde harpia foi encontrada morta na BR-101  (Foto: Joao Marcos Rosa/BBC)
Cruz deixada por pesquisadores em local onde harpia foi encontrada morta na BR-101 (Foto: Joao Marcos Rosa/BBC)
Sobre essa última medida, um esforço nesse sentido já partiu da própria academia, com a criação do Sistema Urubu, uma espécie de rede social para compartilhamento e validação de informações sobre atropelamentos de bichos.
No ar há um ano, a iniciativa do CBEE conta com um aplicativo gratuito pelo qual qualquer pessoa pode fotografar e enviar imagens de acidentes com animais. Os registros são enviados para uma base de dados central e são validados por especialistas cadastrados no sistema, tudo online.
Já são cerca de 15 mil usuários cadastrados e mais de 20 mil fotos enviadas. Para entrar no sistema, cada registro precisa ser validado por cinco especialistas, e ter o consenso de três deles sobre qual é a espécie em questão - são 800 "validadores" ativos na rede, cada um especializado numa classe animal.
"Muitas vezes, as pesquisas sobre o tema no Brasil são muito regionalizadas, restritas ao raio da universidade por falta de recursos. Com o sistema poderemos criar um mapa de áreas críticas de atropelamentos no país e usá-lo como política pública de conservação", afirma Alex Bager, do CBEE.
Diante da perspectiva da fase mais explosiva de construção de estradas na história, com pelo menos 25 milhões de km de novas rodovias no mundo até 2050, especialistas defendem que essas intervenções passem, cada vez mais, por estudos de custo-benefício.
Seria um modo de evitar a proliferação de vias em regiões de alto valor ambiental mas potencial agrícola apenas modesto, como a bacia Amazônica. "Construir estradas é abrir uma caixa de Pandora de problemas ambientais, e ainda estamos na pré-história da mitigação de impactos", afirma Banhos.
Postagem retirada do G1 ( BBC Brasil em  Londres ThiagoGuimarães)
Jabuti-tinga, espécie ameaçada, se arrisca na tentativa de atravessar a BR-101; perspectiva de 25 milhões de km de novas rodovias no mundo até 2050 exige ação urgente, afirmam especialistas (Foto: Leonardo Mercon/BBC)
Jabuti-tinga, espécie ameaçada, se arrisca na tentativa de atravessar a BR-101; perspectiva de 25 milhões de km de novas rodovias no mundo até 2050 exige ação urgente, afirmam especialistas (Foto: Leonardo Mercon/BBC)

Cientistas descobriram que larvas de besouro bastante conhecido se alimentam de plástico e podem ajudar a reduzir resíduos do planeta

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Um estudo publicado naEnvironmental Science and Technology, mostrou que uma larva bastante conhecida do besouro  “bicho-da-farinha” da espécieTenebrio molitor  estaria participandodo batalha aos resíduos plásticos do planeta. Segundo relata o estudo, as larvas desta espécie estaria de alimentando de objetos  considerados não-biodegradáveis, feitos de poliestireno expandido (isopor) e de outras variantes do poliestireno, despejados normalmente em aterros sanitários.
Segundo o professor de Stanford, Craig Criddle, responsável pelas pesquisas envolvendo larvas consumidoras de plásticos, a novidade irá surpreender a todos. Os experimentos contaram com a criação de pelo menos 100 larvas do bicho-da-farinha que foram alimentadas com um pedaço de poliestireno. No intestino das larvas há uma conversão do plástico ingerido em CO2 (dióxido de carbono) feito com auxílio de bactérias intestinais, o que não é convertido acaba sendo excretado na forma de resíduos biodegradáveis.
Os pesquisadores imaginavam que as larvas apresentariam uma deficiência nutricional e que não se desenvolveriam normalmente, mas, para surpresa de todos, a larvas deTenebrio  alimentadas com o poliestireno eram tão saudáveis quantos as outras alimentadas com dieta convencional. Além disso, as excretas das larvas se mostraram seguras o para serem usados como adubo em plantações, ainda um aprofundamento das pesquisas seriam necessárias para tal confirmação.
A comunidade científica está bastante animada com os resultados deste estudo. Se em um futuro próximo, os pesquisadores puderem identificar os microrganismos responsáveis pela quebra do que se acreditava ser um produto não-biodegradável eles poderão replicar o processo e criar enzimas digestivas mais eficientes e poderosas.
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Ainda há muito o que analisar e estudar. Os pesquisadores ainda precisam saber como essa novidade se comporta na cadeia alimentar. Ou seja, o que acontece quando as larvas são consumidas por outros animais, que, por sua vez, são comidos por criaturas ainda maiores. Sonhando um pouco mais, eles ainda esperam encontrar um  animal marinho com capacidade similar que seriam capazes de digerir também o plástico que acabam indo parar nos nossos oceanos.
A larva do bicho-da-farinha se alimentam normalmente basicamente de cereais e derivados ricos em carboidratos. São comumente usados para alimentar répteis e aves de estimação. São também muito usados como isca na pesca.
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Fonte: sciencealert/jornalciencia/iflscience         Imagens: iflscience/backyardchickens
Via Diário de Biologia