segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A menor adolescente britânica tem 15 anos.

Com apenas 80 centímetros de altura, Geórgia é menor do que a média de uma criança com dois anos de idade, e acredita-se que ela é a menor adolescente do Reino Unido.Ela possui uma displasia esquelética, que faz seus ossos pararem de crescer prematuramente e nunca vai atingir uma altura maior. E apesar da dor que esta condição gera, Geórgia continua a sendo incrivelmente otimista e alegre.
Com o riso contagiante, ela diz: "O meu baile de formatura escolar está chegando e eu e os amigos temos uma limusine. Eu mal posso esperar. Eu consegui achar o vestido de baile perfeito. Desta vez, é uma vantagem ser pequena. Todas as minhas amigas estão brigando por vestidos, mas ninguém vai ter o mesmo que eu". No entanto, com os pés tão pequenos, usar saltos altos tem de permanecer apenas como um sonho para a Geórgia.
Entretanto, enquanto ela é carinhosamente otimista, Geórgia e seus pais, Andrea e Simon, enfrentaram muitos problemas nos últimos 15 anos. Sua condição exata é tão rara que nunca foi oficialmente diagnosticada. Andrea explica: "Seus raios-X foram enviados para médicos de todo o mundo, mas ninguém foi capaz de associar essa situação a uma doença".
Tem sido uma viagem longa e difícil para a família. Primeiramente, eles sabiam que algo estava errado logo depois que Geórgia nasceu, quando ela começou a perder peso por não conseguia manter o alimento no estômago. Andrea diz: "Foi muito assustador. Eu tinha apenas 21 anos e era o nosso primeiro bebê e eu não sabia o que estava errado. Ela estava constantemente em fase de testes e biópsias e passou os três primeiros anos de sua vida no hospital". Geórgia foi finalmente diagnosticada com uma condição intestinal chamada enteropatia e ela teve de ser alimentada por uma sonda nos primeiros 10 anos de sua vida.
Foi só quando a Geórgia tinha três anos e começou as idas a pré-escola que sua mãe percebeu como ela era muito menor do que os outros. E chamou mais a atenção ainda quando Geórgia tinha começado a andar e parecia estar com dores terríveis. Andrea afirma que "eles fizeram todos os tipos de exames, e em seguida, nos disseram que seus ossos foram prematuramente fundidos e ela nunca iria crescer além daquilo”.
Quando começou a escola, Andrea ficou preocupada sobre como Geórgia se sairia ao lado de outras crianças de sua idade. "Ela ainda não se destacava muito, porque havia alguns outros pequeninos. Mas, mesmo assim, as pessoas ficavam olhando e notei que outras mães cutucavam umas as outras. Lembro-me de pensar se aquilo seria sempre assim".
Entretanto, a vida da família agora é muito diferente de seus receios iniciais, especialmente quando os médicos disseram que a expectativa de vida de Geórgia não seria mais do que 14 anos. Agora, eles acreditam que ela deve viver uma vida normal.
Geórgia, agora uma adolescente confiante, é conhecida por seus amigos como "Lil G" e a chave para ser feliz é simples. "Eu simplesmente esqueço que sou pequena e me vejo igual a todos os outros", diz ela. "Eu não sei nada de diferente. Eu sempre fui pequena. Quando eu comecei a escola, eu não percebi que era diferente, foi só quando eu fiquei um pouco mais velha que eu percebi”.
Durante dois anos, Geórgia foi confinada a uma cadeira de rodas elétrica depois que a agonia da caminhada tornou-se insuportável. "Ela tem dores constantes e tem sido a morfina e outras drogas que aliviaram a situação por dois anos", diz Andrea. "Mas ela coloca esse sorriso lindo todos os dias no rosto e todos a admiram muito".
Sua família está atualmente tentando levantar R$ 72 mil para uma cadeira de rodas “Snapdragon state-of-the-art” que irá dar-lhe mais liberdade. Entretanto, Andrea não tem certeza se Geórgia vai ser capaz de viver de forma totalmente independente.
A família recentemente se mudou para uma casa adaptada e Geórgia tem seu próprio banheiro, dois conjuntos de guarda-roupas de casal e uma sala de estar completa, com TV de tela plana. As únicas pistas sobre seu tamanho são a cama de criança e as linhas de sapatos minúsculos em um lugar de destaque no seu guarda-roupa.
Geórgia se recusa a sentir pena de si mesma ou se diminuir. "Eu posso ser pequena, mas eu não vou deixar que isso me impeça de fazer qualquer coisa que eu queira fazer”.
Colin Bruce, consultor cirurgião ortopédico, no Alder Hey, hospital de Liverpool, diz: "Geórgia é uma jovem muito corajosa e uma pessoa maravilhosa. Seu tratamento está progredindo e nossa equipe está fazendo todo o possível para ajudar a ela e sua família".
Do Jornal Ciência

Nenhum comentário:

Postar um comentário