sábado, 11 de maio de 2013

Animais pré-históricos australianos foram extintos pelo clima, diz estudo

Do G1, em São Paulo


Desenho de um 'Thylacoleo carnifex', leão marsupial extinto (Foto: Peter Schouten/Divulgação )
Desenho de um 'Thylacoleo carnifex', leão marsupial extinto (Foto: Peter Schouten/Divulgação )
Um estudo publicado nesta segunda-feira (6) revelou que as grandes espécies animais que habitavam a Austrália na pré-história foram extintas por mudanças climáticas naturais, sem nenhuma intervenção significativa por parte do ser humano.
A lista de espécies gigantes inclui o maior marsupial da história, o Diprotodon – que tinha o tamanho de um rinoceronte –, um leão marsupial de grande porte e um canguru “tão grande que nem temos certeza de que conseguia saltar”, segundo Stephen Wroe, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, que liderou o estudo.
Das 14 espécies da chamada “megafauna” australiana, composta por esses animais gigantes, somente oito ainda viviam quando o ser humano chegou à região, cerca de 50 mil anos atrás.
Antes desta pesquisa, alguns cientistas acreditavam que a tradição aborígene de provocar queimadas na mata poderia ter provocado a extinção das espécies.
O atual estudo, no entanto, mostrou que o número de queimadas aumentou antes da chegada dos primeiros homens à área, o que mostra que elas foram causadas por fatores climáticos. Os dados revelaram ainda que o processo de desertificação da Austrália começou há aproximadamente 450 mil anos.
Outro ponto que enfraquece a teoria de que os humanos teriam causado a extinção dos animais gigantes é a falta de evidências de que essas espécies tenham sido caçadas. Os antigos habitantes da região não tinham sequer equipamentos apropriados para abater animais de grande porte.
O estudo foi publicado pela "PNAS", revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos.

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