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| Rio Grande do Sul tem mais de 600 espécies de aves (Foto: Reprodução/RBSTV) |
O Rio Grande do Sul tem 661 espécies de aves registradas entre as residentes, que se reproduzem em terras gaúchas, as migratórias, as invasoras e as introduzidas pelo homem. Destas, cerca de 130 estão ameaçados de extinção. No entanto, ainda há exemplares que vivem livres e em grandes bandos em praticamente todas as regiões do estado. É o caso da gralha azul, que se também ajuda na dispersão das araucárias.
Segundo o professor Felipe Zilio, do Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPG/UFRGS), a ave é comumente vista em ambientes florestais, junto a araucárias. No inverno, ela retira o pinhão das árvores para se alimentar. Nesse processo, contribui para a fixação da espécie arbórea em diversas áreas. “Ela debulha o fruto, o transporta e enterra para estocar, o que faz com que a aruacária possa germinar em novo local”, explica.
De um colorido vistoso, o animal, que vive em bandos de oito a 10, chama a atenção também pelo som que emite. A vocalização é um grito de alerta para as outras aves de que um predador pode estar por perto. Assim como a gralha azul, o quero-quero, ave símbolo do Rio Grande do Sul, o joão-de-barro e o urubu são aves com grande distribuição no território gaúcho.
Já entre os exemplares ameaçados, um dos mais raros é o caboclinho de barriga preta. A ave vive nos campos. "Os caboclinhos são ameaçados pela destruição da área campestre e a captura ilegal. Já os grupos que vivem em áreas florestais são mais afestados pelo desmatamento. De qualquer maneira, todas as espécies no estado estão em risco, até as que não estão na categoria de vulneráveis", alerta Zilio.
Espécies exóticas
Ainda segundo Zilio há sete espécies exóticas no RS atualmente. Destas, cinco são de origem europeia: pombo-doméstico, verdelhão, pintassilgo-europeu, bico-de-lacre e pardal. Outras duas, o periquito-de-encontro-amarelo e o papagaio-verdadeiro ocorrem naturalmente em outras regiões do Brasil. “Todas elas foram introduzidas pelo homem no estado”, conta o professor.
“Em relação a espécies invasoras a mais conhecida é a garça-vaqueria, que é de origem africana e colonizou a América do Sul naturalmente”, acrescenta ele, lembrando também que temos cerca de 160 tipos de aves migratórias em nosso território. “Incluindo espécies marinhas pelágicas que são visitantes, como os albatrozes. Há tanto as que reproduzem na América do Norte e passam o verão austral aqui, a exemplo dos maçaricos, quanto as que reproduzem no estado e migram para norte da América do Sul no inverno, como tesourinha, suiriri, andorinhas e andorinhões”.
Do G1
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