Festa de São Sebastião e Nossa Senhora do Rosário em Jardim do Seridó

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 Apure seus ouvidos, ouça os sons, pois começaram as festividades alusivas a São Sebastião e Nossa Senhora do Rosário em Jardim do Seridó. Festa esta que passou a ser celebrada neste município em 1863, com a participação dos Negros do Rosário, que naquela época eram escravos. A Irmandade dos Negros do Rosário de Jardim do Seridó é um patrimônio vivo do povo jardinense há 149 anos.

A Festa dos Negros do Rosário é realizada em três dias (30/12, 31/12 e 1º de janeiro de 2013) e a programação é extensa, envolvendo aspectos religiosos e sociais. Novenas, missas, procissões, encontro dos Negros do Rosário, ritual de coroação de reis negros, pavilhão da festa, leilão e comidas típicas fazem parte das atividades festivas.

Na noite de abertura domingo (30), aconteceu a Recitação do Rosário da Virgem Maria em frente à Casa do Rosário. Em seguida, procissão para a Matriz de Nossa Senhora da Conceição com as venerandas imagens de São Sebastião e Nossa Senhora do Rosário, onde ocorreu hasteamento dos Estandartes, palavras de abertura da Festa e Celebração em honra de São Sebastião pelo Padre Amaurilo José o vigário João Júnior. Noite dedicada aos moradores da Comunidade Rural Boa Vista dos Negros de Parelhas.

Dia 31 de dezembro, Véspera da Festa, às 05 horas da manhã aconteceu Alvorada; às 12 horas, replicar dos sinos da Matriz em Salva e às 19 horas, Encontro dos dois grupos de Negros do Rosário (Jardim do Seridó e Boa Vista dos Negros de Parelhas-RN), Coroação do Rei e Rainha do Ano no patamar da Matriz e em seguida, Celebração em honra de Nossa Senhora do Rosário. Noite dedicada aos Negros do Rosário de Jardim do Seridó. Às 22 horas: Missa Solene da passagem do ano.

“Está presente em Jardim do Seridó no período de 30 e 31 de dezembro e 1º de janeiro de cada ano é entrar em contato com esta manifestação da cultura popular mais que centenária. É perceber que entrelaçado a devoção dos santos católicos, elementos tradicionais são atualizados através de vivências e sobrevivências ancestrais”, disse Diego Marinho de Gois, mestre em História pela UFRN.

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