segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Conheça o mamífero mais traficado do mundo

Da BBC via G1 Natureza
Antes comuns no Sudeste da Ásia, pangolins estão ameaçados de extinção (Foto: AP/BBC)
Antes comuns no Sudeste da Ásia, pangolins estão ameaçados de extinção (Foto: AP/BBC)
O gentil e solitário pangolim tem uma língua maior que seu próprio corpo e se enrola todo, parecendo uma bola, quando ameaçado. Mas sua maior ameaça atualmente é a extinção ─ ele é o mamífero mais traficado no mundo.
Em frente a um edifício do governo perto da fronteira norte do Vietnã com a China, um jovem ativista chamado Nguyen Van Thai tenta abrir uma frágil caixa de madeira com um facão.
Ele tira quatro sacos plásticos e os coloca no chão. De cada um deles, o garoto puxa uma bola escamosa escura, mais ou menos do tamanho e do peso de uma pedra redonda.
Gradativamente ─ e com muito, muito cuidado ─ uma daquelas bolas começa a se desenrolar, revelando dois olhinhos escuros, um focinho longo, uma cauda ainda mais comprida e uma barriga rosada. Trata-se do pangolim.
O animal é o único mamífero totalmente coberto de escamas, que, quando ameaçado por predadores, simplesmente se enrola todo em uma bola para se proteger.
Ele come 7 milhões de formigas e cupins em um ano usando a língua viscosa, que chega a ser maior do que seu próprio corpo. Sem nenhum dente na boca, o pangolim armazena pedras em seu estômago que lhe ajudam a moer a comida.
Apesar de ser um bicho notável, poucos já ouviram falar sobre o pangolim. E o motivo é que eles raramente sobrevivem em cativeiro. Apenas seis zoológicos no mundo ─ e somente um na Europa, em Leipzig, na Alemanha, têm um exemplar dessa espécie.
Os pangolins também se distinguem dos outros animais por outra particularidade: eles são os mamíferos mais traficados do mundo.
Extinção

Enquanto a mídia se concentra nas situações dos elefantes e dos rinocerontes, as "celebridades" do mundo animal, cerca de 100 mil pangolins por ano são retirados de seu meio natural e enviados à China e ao Vietnã.

Nesses dois países, a carne dos pangolins é considerada uma iguaria, e as escamas deles são conhecidas por terem propriedades medicinais.
Agora já não existem mais pangolins em grandes áreas do Sudeste da Ásia, então o alvo agora tem sido os pangolins da África. Todas as oito espécies do mamífero estão ameaçadas de extinção.
Até o Príncipe William, do Reino Unido, chegou a fazer um alerta recentemente: "O pangolim corre o risco de se tornar extinto antes que muitas pessoas sequer ouçam falar dele."
Os quatro pangolins que estavam na caixa aberta por Nguyen Van Thai haviam sido confiscados pelo Departamento de Proteção de Floresta do Vietnã de dois traficantes. Eles haviam sido capturados na madrugada quando tentavam cruzar, de moto, a fronteira com a China pela floresta.
Nguyen, que chefia uma ONG chamada "Salve a vida selvagem do Vietnã", vai levar os pangolins para o centro de resgate que ele gerencia no parque nacional de Cuc Phuong, no sul da cidade de Hanói.
À medida que seguimos rumo ao sul, o jovem ativista nos explica como os pangolins ─ que eram tão comuns em sua infância ─ haviam sumido das florestas do Vietnã e agora estão amontoados em barcos ou caminhões de países como Indonésia e Malásia.
Eles vêm aos montes pesando muitas toneladas, mortos ou vivos, frescos e congelados. Os vivos são os que têm mais valor. Antes de vendê-los, os traficantes costumam encher os estômagos dos animais de cascalho ou amigo de arroz para aumentar o peso deles.
No centro de resgate, vimos alguns pangolins saírem de suas tocas à noite, e eu comecei a entender por que aqueles que trabalham com esses bichinhos gostam tanto deles.
Eles lembram uma alcachofra com pernas. São gentis, criaturas solitárias com uma marcha de rolamento quase cómica. Eles carregam seus filhotes em suas caudas e se enrolam em volta deles para protegê-los. Eles usam essa cauda elástica também para se prenderem aos ramos das árvores ou para alcançar as profundezas dos formigueiros, onde ficam suas presas.
Iguaria

Nguyen diz que as autoridades às vezes conseguem prender os traficantes, mas sempre com base em informações passadas por quadrilhas rivais. Muito pouco ainda é feito, opina ele, para acabar com o comércio ilegal de pangolins na região.

No dia seguinte, ele me levou para Hanói para mostrar o que ele estava querendo dizer. No período de uma hora, visitamos quatro farmácias aleatoriamente no bairro mais movimentado da cidade. Produtos de escama de pangolim eram vendidos como cura para tudo, de câncer à acne, passando por deficiência de leite materno.
Eles pediam US$ 1,5 mil (R$ 4,2 mil) por um quilo do produto. Perguntamos por que era tão caro, e uma mulher respondeu sem nenhum pudor: "Porque eles são raros e ilegais".
Com a mesma facilidade, encontramos restaurantes vendendo pangolins para comer por US$ 250 o quilo (R$ 687). O dono de um dos restaurantes explicou que um animal vivo poderia ser trazido para a nossa mesa, onde a garganta dele seria cortada e o sangue seria servido como um afrodisíaco.
Ele recomendou que pedíssimos a carne refogada e a língua cortada para uma sopa. Em seguida, preparou uma jarra de vinho de arroz com um pequeno pangolim morto dentro. Total da conta: US$ 200 (R$ 549). Foi uma visão repulsiva.
O problema, reclamou Nguyen, não eram os pobres e analfabetos vietnamitas, e sim a elite mais rica do país ─ os oficiais do governo e os ricos que pediam pangolim apenas para mostrar status ou celebrar o fechamento de um bom negócio.
"Noventa milhões de vietnamitas não podem mais ver pangolins em seu próprio país porque uns poucos ricos do governo ou empresários querem comê-los", disse ele, irritado. "Isso é nojento".

Muitas cores nessas belas aves

Imagens retiradas da internet
Agapornis Mascarado ou Ave do Amor
Diamante de Gould (Erythrura gouldiae ou Chloebia gouldiae), natural da Austrália.
Lori arco irís (Trichoglossus haematodus)
Pato-mandarim (Aix galericulata), encontrado na Ásia.
Pato-mandarim (Aix galericulata), encontrado na Ásia.
Saíra-sete-cores (Tangara seledon), encontrado na América do Sul (principalmente no Brasil).

Lindas fotos de aves

Imagens retiradas da internet












sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

'Beijo de mosca em flor' vence concurso de fotos da Sociedade Ecológica Britânica

Da BBC via G1

  Imagem vencedora foi feita em quintaal na Suécia, por Alejandro Ruete, pós-graduando da Universidade Sueca de Ciências da Agricultura (Foto: Alejandro Ruete/BBC)
Imagem vencedora foi feita em quintal na Suécia, por Alejandro Ruete, pós-graduando da Universidade Sueca de Ciências da Agricultura (Foto: Alejandro Ruete/BBC)


 Observando a parte histórica de Roma, esta gaivota das patas amarelas foi flagrada por Silviu Petrovan e ganhou destaque no concurso (Foto:  Silviu Petrovan/BBC)
Observando a parte histórica de Roma, esta gaivota das patas amarelas foi flagrada por Silviu Petrovan e ganhou destaque no concurso (Foto: Silviu Petrovan/BBC)
A British Ecological Society escolheu as fotos vencedoras de seu prêmio anual. A imagem vencedora foi feita em um quintal na Suécia, por Alejandro Ruete, um pós-graduando da Universidade Sueca de Ciências da Agricultura e mostra uma espécie de mosca pousada em uma flor, numa imagem que lembra um beijo. Tanto que Ruete chamou a foto de "Beijo no Quintal".
Borboletas, libélulas, aves, elefantes, uma cobra e até uma foto de uma zebra morta coberta de moscas foram selecionadas pelos juízes como imagens de destaque em 2014.
A competição é aberta para todos os membros da British Ecological Society (BES) e o painel julgador é formado por membros da organização, ecologistas, funcionários da BES e a editora da fotos da BBC Wildlife Magazine, Wanda Sowry.

As imagens vencedoras em várias categorias estão expostas em Lille, na França, devido a uma parceria entre a BES e a Societe Française d'Ecologie (SFE).
Juízes deram destaque para esta foto feita em um pânano da Sibéria, mostrando uma libélula presa em uma planta carnívora (Foto: Roxane Andersen/BBC)
Juízes deram destaque para esta foto feita em um pânano da Sibéria, mostrando uma libélula presa em uma planta carnívora (Foto: Roxane Andersen/BBC)
 Flagradas durante o acasalamento, que dura apenas alguns segundos, estas libélulas venceram na categoria Ecossistemas e Comunidades (Foto: Karine Monceau/BBC)
Flagradas durante o acasalamento, que dura apenas alguns segundos, estas libélulas venceram na categoria Ecossistemas e Comunidades (Foto: Karine Monceau/BBC)
 Imagem de uma cobra saindo da água de uma lagoa na Romênia venceu na categoria Organismos Completos e Populações (Foto: Silviu Petrovan/BBC)
Imagem de uma cobra saindo da água de uma lagoa na Romênia venceu na categoria Organismos Completos e Populações (Foto: Silviu Petrovan/BBC)
 Um ganso-patola adulto conduz três filhotes em uma corrente de ar nos penhascos de Hermaness, ponto mais ao norte das Ilhas Britânicas (Foto: Leejiah Dorward/BBC)
Um ganso-patola adulto conduz três filhotes em uma corrente de ar nos penhascos de Hermaness, ponto mais ao norte das Ilhas Britânicas (Foto: Leejiah Dorward/BBC)
 Imagem mostra moscas se juntando em uma zebra que acabou de morrer (Foto: Stephen Pringle/BBC)
Imagem mostra moscas se juntando em uma zebra que acabou de morrer (Foto: Stephen Pringle/BBC)

Iguana de três caudas é encontrada em sítio no interior do RN

Animal foi achado no município de Lagoa Nova na tarde desta terça-feira (27) (Foto: Bárbara Azevedo/G1)
Animal foi achado no município de Lagoa Nova na tarde desta terça-feira (27) (Foto: Bárbara Azevedo/G1)
Uma iguana com três caudas foi encontrada na tarde desta terça-feira (27) no município de Lagoa Nova, a 198 quilômetros de Natal. A veterinária Sâmya Felizardo informou que é comum que alguns répteis consigam soltar a cauda para distrair possíveis predadores. As fotos foram enviadas ao G1 pela ferramenta VC no G1.

"Em algumas vezes a iguana não consegue desprender a cauda, fazendo com que ela se regenere e outra nasça. Encontramos com certa frequência a bifurcação. Com três caudas é mais raro, porém pode acontecer", acrescentou a veterinária.

O coordenador de Agricultura da Prefeitura de Lagoa Nova, Wallace Frade explica que o animal foi encontrado no sítio em que sua cunhada, Bárbara Azevedo, mora. A iguana havia sido vista na região há cerca de 20 dias, mas só agora os moradores perceberam a anomalia.

Caudas causaram estranheza em Lagoa Nova, interior do Rio Grande do Norte (Foto: Bárbara Azevedo/G1)
Caudas causaram estranheza em Lagoa Nova, interior do Rio Grande do Norte (Foto: Bárbara Azevedo/G1)Do G1 RN

Misteriosas manchas fluorescentes iluminam o mar de Hong Kong

Da Associated Press via G1 Natureza
 Foto feita com longa exposição mosra o brilho da Noctiluca scintillans na costa de Hong Kong (Foto: AP Photo/Kin Cheung)
Foto feita com longa exposição mosra o brilho da Noctiluca scintillans na costa de Hong Kong (Foto: AP Photo/Kin Cheung)

A costa de Hong Kong foi tomada recentemente por misteriosas e fascinantes manchas de azul fosforescente. Apesar da beleza, esse fenômeno é preocupante e potencialmente tóxico, segundo biólogos marinhos.
O brilho é um indicador da proliferação de um organismo unicelular chamado Noctiluca scintillans e o fenômeno é apelidado de "mar brilhante". A Noctiluca scintillans parece uma alga. Mas, tecnicamente, pode funcionar como animal ou como planta.
Esse tipo de proliferação é desencadeado por poluição agrícola, que pode ser devastadora para a vida marinha e para a pesca local, de acordo com a oceanógrafa da Universidade da Georgia Samantha Joye , que mostrou à Associated Press fotos da água brilhante.
'Magnífico, mas lamentável'
 Brilho fosforescente azul é provocado por organismo unicelular chamado Noctiluca scintillans (Foto:  AP Photo/Kin Cheung)
Brilho fosforescente azul é provocado por organismo unicelular chamado Noctiluca scintillans (Foto: AP Photo/Kin Cheung)

"Essas fotos são magníficas. É apenas extremamente lamentável que a misteriosa e majestosa tonalidade azul seja criada pela Noctiluca", afirmou Samantha em um e-mail nesta quinta-feira (22). De acordo com ela e outros cientistas, este é parte do problema que está crescendo no mundo todo.
Noctiluca é um organismo formado por uma única célula que come plâncton e é comido por outras espécies. O plâncton e a Noctiluca se tornam mais abundantes quando o nitrogênio e o fósforo de escoamentos agrícolas aumentam.
Diferentemente de outros organismos similares, a Noctiluca não produz diretamente substâncias químicas que posssam atacar o sistema nervoso ou outras partes do organismo.
Mas estudos recentes mostram que ele pode estar ligado a eventos que foram nocivos à vida marinha local. O papel da Noctiluca tanto de presa como de predador pode aumentar o acúmulo de toxinas provenientes de algas na cadeia alimentar, de acordo com o oceanógrafo R. Eugene Turner, da Universidade do Estado da Louisiana.
Apesar de fascinante, brilho pode ser sinal de poluição  (Foto: AP Photo/Kin Cheung)
Apesar de fascinante, brilho pode ser sinal de poluição (Foto: AP Photo/Kin Cheung)