terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Aproximadamente 50% das zonas úmidas do planeta foram destruídas por ações humanas no século XX



Cerca de 50% de todos os ecossistemas que formam as áreas úmidas foram destruídos pela expansão da ocupação humana ao longo do século XX. A informação consta no relatório da iniciativa Economia dos Ecossistemas e Biodiversidade (TEEB, na sigla em inglês), que apresenta um prognóstico negativo sobre as áreas úmidas, áreas de transição entre os ecossistemas aquáticos e terrestres como pântanos, lagos, manguezais, áreas irrigadas, entre outros. Criado em 2007, a TEEB é elaborada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) para desenvolver uma análise global sobre o impacto econômico gerado pelas perdas da biodiversidade.

A maior parte das perdas aconteceu entre as décadas de 50 e 80, de maneira diferente em cada parte do mundo. A Europa teve a perda mais significativa: entre 55 e 67% de suas áreas úmidas desapareceram no século passado. "Não obstante o grande valor dos serviços que prestam à humanidade, as zonas húmidas continuam a ser degradadas ou perdidas devido aos efeitos de produção agrícola intensiva, irrigação, extração para uso doméstico e industrial, urbanização, infraestrutura e poluição", aponta o documento do TEEB.

O relatório enfatiza que as zonas úmidas são cruciais na manutenção do ciclo da água que, por sua vez, sustenta todos os serviços dos ecossistemas. A questão da disponibilidade da água é de tamanha importância que a Organização das Nações Unidas declarou 2013 como o Ano Internacional da Cooperação pela Água.

Conforme reportagem do portal O Eco, em 2012, dos 127 países signatários da Convenção de Ramsar - ou Convenção sobre Zonas Úmidas, tratado intergovernamental que estabelece marcos para ações nacionais e internacionais para a conservação e o uso racional de zonas úmidas e de seus recursos naturais -, 28% indicaram que houve piora no estado das zonas úmidas. Apenas 19% dos países apresentaram bons resultados em relação à preservação desses ecossistemas.

Fonte: O Eco

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