sábado, 23 de fevereiro de 2013

Telescópio faz imagem de 'berçário' de estrelas a 8 mil anos-luz da Terra

Imagem da Nebulosa da Lagosta obtida pelo telescópio Vista do ESO (Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo)Nova foto da Nebulosa da Lagosta feita pelo telescópio Vista (Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo)

Um telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), que mapeia a Via Láctea, captou uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, uma "maternidade" de estrelas localizada a 8 mil anos-luz da Terra, na Constelação do Escorpião.
O registro do instrumento Vista, situado no Observatório de Paranal, no norte do Chile, foi obtido por meio de raios infravermelhos e mostra nuvens brilhantes de gás e filamentos de poeira escura em volta de astros quentes e jovens. Esses aglomerados são onde nascem as estrelas, incluindo aquelas de grande massa, que brilham em tons azuis-esbranquiçados em luz visível.
Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado estelar Pismis 24 em seu centro (Foto: Davide De Martin (ESA/Hubble), the ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator & Digitized Sky Survey 2)Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado Pismis 24 em seu centro (Foto: Davide De Martin (ESA/Hubble), ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator & Digitized Sky Survey 2)
Além de obter uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, também chamada de Nebulosa Guerra e Paz ou NGC 6357, esse telescópio terrestre observa toda a região central da nossa galáxia, para determinar sua estrutura, origem e vida inicial.
O novo retrato feito pelo Vista revela detalhes diferentes dos identificados por um telescópio dinamarquês em La Silla, também no Chile, que flagrou o objeto apenas em luz visível, com muita interferência da poeira cósmica em volta dele.
Imagem em luz visível foi obtida por telescópio dinamarquês em La Silla (Foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/ R. Gendler, U.G. Jørgensen, J. Skottfelt, K. Harpsøe)Imagem em luz visível da Nebulosa da Lagosta foi obtida anteriormente por um telescópio dinamarquês localizado em La Silla (Foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/ R. Gendler, U.G. Jørgensen, J. Skottfelt, K. Harpsøe)
Partes da NGC 6357 também já foram registradas em luz visível pelo telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, e pelo Very Large Telescope (VLT) do ESO.
Registro da NGC 6357 feito pelo telescópio Hubble (Foto: NASA, ESA and Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, Spain)/Davide De Martin (ESA/Hubble))Registro da NGC 6357 feito pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e divulgado em 2006 (Foto: Nasa, ESA and Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, Spain)/Davide De Martin (ESA/Hubble))
Uma das estrelas jovens que habitam essa nebulosa é a Pismis 24-1, que já foi considerada o maior astro conhecido – até os astrônomos descobrirem que ela se trata, na verdade, de pelo menos três estrelas enormes, cada uma com massa de até 100 sóis.
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O Very Large Telescope do ESO (VLT) obteve a imagem mais detalhada até hoje de uma região espetacular da maternidade estelar chamada NGC 6357 (Foto: ESO/Divulgação)O Very Large Telescope (VLT) do ESO obteve a imagem mais detalhada até hoje da NGC 6357 (Foto: ESO)Do G1, em São Paulo

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