Extinção: processo natural que, tal como a especiação, demora alguns milhares ou milhões de anos para ocorrer. As extinções de espécies (ou grupos de espécies) podem ocorrer por vários motivos, como catástrofes naturais ou bruscas mudanças climáticas que levam ao desaparecimento de um grande número de espécies em um determinado tempo geológico (como é o caso da extinção dos dinossauros ou a extinção em massa que exterminou várias espécies, as chamadas “Era do Gelo”). A competição entre espécies em intensas disputas por recursos naturais ou o alto índice de predação também constituem causas para o desaparecimento de uma espécie. E tal como o surgimento de novas espécies, o desaparecimento natural delas se dá por questões adaptativas: como enunciava Darwin, o organismo melhor adaptado as condições ambientais sobrevive e “dissemina” características “vantajosas” aos seus descendentes. Por isso na Biologia a palavra Evolução é empregada para referir-se à descendência com modificações.
No entanto, o processo de extinção está sendo acelerado, e não é novidade que um dos principais vilões é o ser humano! Fatores como a poluição, a destruição de habitats (por indústrias, atividades agropecuárias, etc.) e a introdução de espécies exóticas (que não são naturais daquela região), contribuem e muito para isso. Assim, várias espécies têm desaparecido a ritmos incríveis, e já se compara o momento atual às grandes extinções. Inclusive há quem diga que a 6ª extinção em massa já começou (para saber mais, clique aqui). Nesse quadro, muitas espécies estão ameaçadas de extinção e outras já se extinguiram na natureza , restando apenas alguns indivíduos da espécie em cativeiro (como é o caso do panda gigante, por exemplo).
Infelizmente, para aumentar o número de espécies que NUNCA MAIS poderão ser vistas, mais uma desapareceu do planeta : o cougar oriental, também chamado de puma concolor (Felis concolor couguar). Há mais de 40 anos (desde 1973) na lista norte-americana de espécies ameaçadas (US Fish an Wildlife Service), o felino já não era visto a quase 80 anos. Apesar de relatos dizerem avistar a subespécie na parte oriental da América do Norte, oficialmente ela foi vista pela última vez em 1938, morta! Vivo mesmo foi vista em 1932. Os relatos parecem se tratar de panteras da Flórida ou de outras subespécies que foram realocadas ou fugiram de cativeiros, sendo confundidas com o puma concolor. O mais triste é que o animal já habitou uma grande extensão dos territórios canadenses e dos EUA, e foi justamente a caça predatória de imigrantes europeus e o grande desflorestamento da região em que vivia, que fez com que essa espécie desaparecesse. Inclusive sua principal presa, o veado-de-cauda-branca, desapareceu pelo mesmo motivo.
Agora você deve estar se perguntando: “Ok, é uma espécie norte-americana. E o que o Brasil têm a ver com isso?” Bem, também temos várias espécies que estão desaparecendo pelo mesmo motivo. E o pior: algumas nem se quer conhecemos! O famoso “livro vermelho” do Ministério do Meio Ambiente, que agrega as espécies brasileiras ameaçadas de extinção, está cada vez mais extenso! Felinos como a onça-pintada, que devido aos seus hábitos de vida necessitam de grandes territórios para sobreviver, estão desaparecendo com a expansão urbana e agropecuária. Também temos uma espécie de puma no sul do país que está ameaçada com a supressão de grande parte de seu território. Pois é, se não tomarmos cuidado, não só nossos felinos, como anfíbios, répteis, mamíferos, aves, etc., vão desaparecer! E o desaparecimento de uma espécie pode implicar em consequências para várias outras…
Fontes: terra/climatologiageografica/jornalciencia/wikipedia/oglobo Imagens: nature/arkive/pensamento via Diário de Biologia